Pensamentos, Frases e Fragmentos


Ter uma vida tranqüila é um objetivo difícil. (William Cowper)



O homem é aquilo que sabe. (Francis Bacon)



As pessoas parecem lutar por coisas muito pouco adequadas à luta. (G. K. Chesterton)



Quando todos pensam o mesmo, ninguém está pensando. (Walter Lippmann)



A perfeição é feita de pequenos detalhes - não é apenas um detalhe. (Michelangelo)



Os ideais que iluminaram meu caminho e sempre me deram coragem para enfrentar a vida com alegria foram a Verdade, a Bondade e a Beleza. (Albert Einstein)



Deixe que cada um exercite a arte que conhece. (Aristóteles)



A água corre tranqüila quando o rio é fundo. (William Shakespeare)



Todo chamado é grandioso quando se tenta atendê-lo com grandiosidade. (Oliver Wendell Holmers Jr.)



No final, é importante lembrar que não podemos nos tornar o que devemos ser se continuarmos sendo o que somos. (Max de Pree)



É preciso ter uma mente muito fora do comum, para analisar o óbvio. (Albert North Whitehead)



Quanto mais leis, menos justiça. (Provérbio Alemão)



É muito mais fácil reconhecer a bondade do que defini-la. (W. H. Auden)



Nosso caráter é resultado de nossa conduta. (Aristóteles)



Andei por esta terra durante trinta anos e, por gratidão, quero deixar alguma lembrança. (Vincente Van Gogh)



O que existe é algo que nos atinge, nem sempre o que não vemos não existe, o homem peca em sua ignorância por limitar o existir. (Ivan Ferreira do Rosário)

Poema: Divisa


Mais importante do que a ciência é o seu resultado,
Uma resposta provoca uma centena de perguntas.
Mais importante do que a poesia é o seu resultado,
Um poema invoca uma centena de atos heróicos.
Mais importante do que o reconhecimento é o seu resultado,
O resultado é dor e culpa.
Mais importante do que a procriação é a criança.
Mais importante do que a evolução da criação é a evolução do criador.
Em lugar de passos imperativos, o imperador.
Em lugar de passos criativos, o criador.
Um encontro de dois: olhos nos olhos, face a face.
E quando estiveres perto, arrancar-te-ei os olhos e colocá-los-ei no lugar dos meus;
E arrancarei meus olhos para colocá-los no lugar dos teus;
Então ver-te-ei com os teus olhos
E tu ver-me-às com os meus.
Assim, até a coisa comum serve o silêncio
E nosso encontro permanece a meta sem cadeias:
O Lugar indeterminado, num tempo indeterminado,
A palavra indeterminada para o Homem indeterminado.
Jacob Levy Moreno

Um Meio ou uma Desculpa?



Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes.

Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles, deixar de lado o orgulho e o comodismo. Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo.

O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo, obterá os mesmos resultados.

Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso. Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chope com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam sol à beira da piscina.

A realização de um sonho depende de dedicação, há muita gente que espera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustível dos perdedores pois…

Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO.
Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA.

Roberto Shinyashiki.

Os "10 pecados" de Psicólogos e Analistas



1-Comer na frente do paciente

Esporadicamente, no caso de uma sessão extra pedida pelo paciente e marcada no horário de uma refeição, por exemplo, a atitude é aceitável, afirma o psicólogo Roberto Banaco, professor titular da PUC-SP.
“É melhor oferecer apoio ao cliente comendo do que negar esse apoio por falta de horário”, diz Banaco. Mas necessidades pessoais como essa deveriam acontecer em outro contexto. “Comer na sessão mostra desrespeito pelo paciente”, diz Wielenska.
O terapeuta da estudante Denise Thornberg, 22, transformou isso num hábito. Nas sessões, consumia Coca-Cola light e confeitos de chocolate. “Ele estava sempre com uma garrafinha de Coca na mão. Eu não gostava”, conta.
Para o médico e psicanalista Sérgio Cyrino, filiado à Federação Brasileira de Psicanálise, isso não deve ocorrer jamais. “O analista não deve comer, oferecer ou aceitar comida.”


2-Atender ao telefone

Emergências acontecem. O terapeuta pode ter de atender um paciente internado ou com risco de suicídio, por exemplo.
Nesse caso, o mais aconselhável é avisar antecipadamente ao paciente que isso pode acontecer e ser breve. “Se existir essa possibilidade, o terapeuta deveria dizer que, em caráter excepcional, pode ser necessário atender a uma ligação urgente. Mas isso deve ser raro, não pode se tornar um hábito”, afirma Wielenska.
Atender a ligações de outro tipo é desaconselhável. “Imagine quando se interrompe um comunicado [do paciente] de intenso conteúdo emocional bem no meio. A compreensão, ao ser fragmentada, perde todo o sentido. O paciente se sente deixado em segundo plano. Como é que se conserta isso depois?”, diz Cyrino.


3-Tomar notas em excesso

A figura do analista com um bloquinho na mão, que aparece em charges e filmes, é um falso símbolo da psicanálise, diz Cyrino. “Freud não anotava durante as sessões porque isso fragmenta a compreensão da situação da análise. Quem interrompe para tomar notas perde o fio da meada. O pensamento é muito mais rápido do que a palavra escrita. E o paciente se sente perseguido.”
Para Banaco, anotações, quando ocorrem, podem ser feitas rapidamente por meio de palavras-chave, como lembretes para serem “recheados” com conteúdos nos intervalos entre sessões.
Denise Thornberg conta que seu terapeuta escrevia tanto que a incomodava. “Ele não me olhava nos olhos.” Para Wielenska, o terapeuta deve pedir autorização para anotar e manter o contato com ele enquanto faz isso. “Quem trabalha frente a frente com alguém deve preservar o olhar e a atenção.”


4-Atrasar-se para a sessão

O terapeuta pode ter que ficar mais tempo com um paciente, o que acarretará atrasos nas sessões seguintes. Mas, de novo, isso não deve ser hábito. “Quando o profissional estender a sessão desse cliente, ele saberá que os atrasos devem-se ao acolhimento para quem precisa, em contraposição à regra fria de que a sessão dura “X” minutos”, diz Banaco. Ele acredita que, quando a demora é grande, o terapeuta deve dar satisfação a quem aguarda.
Para Cyrino, o atraso é muito comprometedor. “O analista deve sempre aguardar o paciente, para que ele tenha uma sensação de constância dentro da instabilidade afetiva que o traz ao tratamento. Como interpretar atrasos constantes de um paciente, que podem ter mil acepções, se o analista também se atrasa?”, questiona.


5-Ser pouco acessível

Segundo os especialistas, deve haver um meio-termo em relação a esse item. Por um lado, não é recomendável que o cliente desenvolva uma extrema dependência do terapeuta. “Um paciente carente pode querer estar ligado 24 horas ao analista, como se fosse um bebê em simbiose com a mãe”, compara Cyrino.
Por outro lado, estar inteiramente fora do alcance, especialmente em situações graves, não é aconselhável. “O terapeuta não pode ser impossível nem dar a impressão de disponibilidade total, como se fosse só do paciente -o que é um desejo frequente e compreensível”, diz o psicanalista.
De acordo com Wielenska, cada terapeuta tem suas preferências em relação a esse assunto. “Alguns liberam celular e e-mail, outros autorizam o cliente a deixar recado. Eles devem colocar esses limites assim que começam a atender uma pessoa”, afirma.


6-Olhar demais para o relógio

O terapeuta precisa controlar o tempo. Mas olhar demais para o relógio pode dar a impressão de que ele tem pressa para terminar a consulta.
Denise Thornberg trocou o terapeuta que tomava refrigerante por outra e está gostando. Mas diz que a atual olha demais para o relógio. “Enquanto eu falo, ela fica de olho para ver quando a sessão vai acabar. Isso desvia minha atenção. Penso: ‘Será que estou falando muita coisa sem sentido?’.”
Segundo Cyrino, com a experiência, o terapeuta ganha uma noção de tempo automática. “Mas ele não é máquina. Um recurso é ter um relógio num lugar discreto e consultá-lo sem caráter ostensivo.” Já se isso ocorrer com um paciente específico, o terapeuta deve se perguntar o que está acontecendo na relação com ele.


7-Bocejar demais

Bocejar não é o problema: como qualquer pessoa, o terapeuta pode estar cansado em um determinado dia. A questão é quando a atitude se torna um hábito, que costuma ser interpretado pelo paciente como falta de interesse.
Mas, se o terapeuta não encontrar explicação para o sono e ele ocorrer sempre com um paciente específico, esse fato pode se tornar uma informação importante na terapia. “O cliente pode ter um padrão de comportamento que gera tédio também fora do consultório”, diz Regina Wielenska. “Mas essa atitude [bocejar] deve ser contida, pois a terapia requer foco e concentração.”
Já dormir é tido como inadmissível. “Se o terapeuta percebe que não suporta o sono, deve suspender a sessão”, diz Roberto Banaco.


8-Contato físico excessivo

No Brasil, costuma ser aceito um maior contato físico ao cumprimentar alguém. “Na nossa cultura, é normal dar um beijinho ou um ligeiro abraço. O terapeuta pode fazer isso com leveza e rapidez, sem tom erótico”, diz Wielenska.
Mas deve haver limites. “Por ser uma relação facilmente confundida com uma relação afetiva, um contato físico exacerbado pode atingir fragilidades dos clientes. Trata-se de um abuso da relação desigual que se instala no contrato terapêutico: o cliente tem problemas e o terapeuta tem soluções”, afirma Banaco.
Segundo Cyrino, muitas terapias psicológicas usam o contato físico no tratamento, mas não a psicanálise. “Para essa corrente, o excessivo contato físico favorece a dependência emocional do paciente, dificultando seu crescimento.” Vale lembrar que o contato sexual entre terapeuta e cliente não é adequado em nenhum caso.


9-Falar demais sobre si mesmo

A sessão é do cliente, e não do terapeuta. “No entanto, temos bagagem, história de vida e, em situações específicas, ela pode ser usada em benefício da terapia”, diz Wielenska.Mas, se o terapeuta sente falta de amigos, não deve buscá-los nos clientes. “O analista pode estar carente, pois é de carne e osso. Nesse caso, deve redobrar a atenção para não misturar sua vida à do paciente. Muitos gostariam de ser amigos do analista, mas isso desvirtua o foco da terapia”, diz Cyrino.
A chave é ver se há propósito terapêutico. “Qualquer fala sobre si mesmo que não tenha um propósito terapêutico é uma fala em demasia”, diz Banaco.
Segundo ele, se o paciente tem o terapeuta como modelo e segue seus conselhos cegamente ou o imita, expor a vida pessoal é ainda mais danoso.


10-Vestir-se inadequadamente

Como qualquer pessoa, o terapeuta tem seu estilo e não precisa abrir mão dele no ambiente profissional. “Atendemos surfistas, publicitários, executivos. Não podemos ser camaleões para nos ajustarmos ao estilo de cada cliente. O terapeuta só não pode estar vestido de maneira profundamente chamativa, vulgar, suja ou descuidada. O resto é uma questão pessoal”, diz Wielenska.
De fato, há limites. “Deixar à vista longas extensões de pele não é desejável: bermudas, camisas abertas, decotes pronunciados ou saias tão curtas que mostrem a roupa de baixo são absolutamente inapropriados”, lista Banaco.
Para Cyrino, o foco não deve ser o terapeuta, inclusive no quesito vestimenta. “Não é necessário vir de batina, mas o oposto faz com que o foco de atenção se desvie do paciente para o analista. E é o paciente que veio mostrar seus conteúdos”, diz Cyrino.


Fonte: Folha Online

Piadas de Psicólogo

Cuidado com a Terapia

Uma mulher chegou em casa e disse para o marido:
- Lembra as enxaquecas que eu costumara ter toda vez que nós íamos fazer amor? Estou curada.
- Não tem mais dor de cabeça? O marido perguntou. A esposa respondeu:
- Minha amiga me indicou um terapeuta que me hipnotizou. O médico me disse para ir para frente do espelho, me olhar bem no espelho e repetir para mim mesma.
Não tenho mais dor de cabeça.
Não tenho mais dor de cabeça
Não tenho mais dor de cabeça.
Fiz isso e a dor de cabeça parece que sumiu. O marido respondeu:
- Que maravilha! Então a esposa falou para o marido:
- Nos últimos anos você não anda muito interessado em fazer amor e nesses períodos eu não tenho tido dor de cabeça. Por que você não vai ao terapeuta e tenta ver se ele te ajuda a ter interesse em sexo novamente?
O marido concordou, marcou uma consulta e alguns dias depois estava todo fogoso para uma noite de amor com a esposa.
Então foi correndo para casa e entrou arrancado as roupas e arrastando a esposa para o quarto. Colocou a esposa na cama e disse para ela:
- Não se mova que eu já volto.
Ele foi ao banheiro e voltou logo depois, pulou na cama e fez amor de maneira muito apaixonada como nunca tinha feito com a esposa antes. A esposa falou:
- Nossa, foi maravilhoso! O marido disse novamente para a esposa:
Não saia dai que eu volto logo.
Foi ao banheiro e a segunda vez foi muito melhor que a primeira. A mulher sentou-se na cama, a cabeça girando em êxtase com a experiência. O Marido disse outra vez:
- Não saia daí que eu volto logo. Foi ao banheiro. Desta vez a esposa foi silenciosamente atrás dele e quando chegou lá o marido olhava para o espelho e dizia:
Não é minha esposa.
Não é minha esposa.
Não é minha esposa.
O velório será amanhã na capela 13 do cemitério da Saudade !!!




Pescando



Caso 1

O maníaco depressivo chegou para o megalomaníaco e disse:
- Até Deus está contra mim!
E o megalomaníaco respondeu:
- Eu?

Caso 2
Um paciente foi ao analista queixando-se de mania de grandeza. Conduzido ao divã, o terapeuta inicia o diálogo:
- Relaxe e comece bem do princípio...
- Bem, doutor, no princípio eu fiz o Céu e a Terra...


Caso 3

- Doutor, doutor, eu penso que sou um gato.
- Há quanto tempo você vem pensando isso?
- Ah, desde que eu era um filhotinho...

Caso 4

Certo dia, o elevador de nosso prédio enguiçou e varias pessoas ficaram presas. Vendo uma placa que trazia dois números de telefones de emergência, disquei para o primeiro e expliquei a situação. Depois do que pareceu um silêncio muito demorado, a voz do outro lado da linha disse:
- Não sei o que esperam que eu faça por vocês... sou psicólogo!
- Psicólogo? - perguntei
- Seu telefone está aqui como número de emergência. Não pode nos ajudar?
- Bem - respondeu ele, por fim, num tom comedido
- como se sente, presa num elevador?
Caso 5
Doutor, eu sofro de dupla personalidade.
- Deita no divã e vamos conversar.
- Nós quatro ?

Técnicas e Teorias em qual me Apoiar ?

Passamos anos na faculdade de psicologia, adquirindo diversos conhecimentos, conteúdos e diferentes teorias e técnicas de atuação, mas é no campo de trabalho que nos questionamos qual delas seria melhor e mais adequada para utilizarmos.As teorias e práticas, apesar de parecem similares, acabam se modificando conforme o período histórico. É claro que psicanálise será sempre psicanálise, o conceito de inconsciente na teoria freudiana será sempre o mesmo, mas a maneira de analisá-lo é que acaba se modificando.A psicologia é uma das disciplinas acadêmicas mais antigas, mas ao mesmo tempo uma das que mais se renova, pois o Homem de hoje não é o mesmo indivíduo que Sigmund Freud analisava em meados de 1890. As novas abordagens tornaram-se necessárias devido à mudança dos contextos e cultura em que o Homem é inserido.

Hoje, a demanda teve um crescimento considerável na necessidade da utilização de técnicas psicoterápicas baseadas em diferentes teorias e em ambientes nada convencionais, destoantes das tradicionais clínicas. Isso, muitas vezes faz com que os profissionais acabem se perdendo em seus atendimentos, principalmente em instituições como hospitais, ong’s e escolas, pois não encontram teoria e técnica apropriada para a demanda do local. Talvez seja por isso que a critica de Fiorini em Teoria e técnica de psicoterapias (1984), diz que no campo das psicoterapias existem muitos problemas, pois o terapeuta na sua busca de dar por resolvido uma questão, não busca apoio em nenhuma teoria, mas faz uma “salada de teorias e técnicas” que possam resolver sua questão, e assim, sem perceber, acaba se perdendo no que acredita e se iludindo que tudo está dando certo.
Optar por um tipo de teoria para a prática diária do psicólogo cria a necessidade de constante estudo e pesquisa para nunca permitir que seu trabalho deixe de ser eficiente e traga resultados, mas ainda assim, a possibilidade de mudança também se faz presente.
Esse tipo de mudança não está previsto quando estamos fazendo o curso, tudo parece muito exato e claro: você deve escolher entre psicanálise, analítica ou comportamental, pois as faculdades não abrem muito o “leque de opções”. Porém, quando a prática se inicia e as incertezas aparecem, nem sempre temos as respostas para tudo.
Ter a certeza de que nossa escolha teórica de hoje é a que nos apoiará para sempre em nossa rotina de trabalho é algo que saberemos ao longo do tempo, pois podemos descobrir um dia, talvez depois de muito tempo de formação, que aquela pode não ter sido a escolha mais adequada e que o comportamento humano pode ser analisado de forma diferente.
Percebemos ao longo do curso de Psicologia que as diversas teorias, surgiram através de questionamentos e assim foram se modificando, possibilitando novas percepções e desta forma, temos uma ciência que não está “finalizada” e nunca estará; as teorias e práticas psicológicas ainda devem ser transformadas durante os anos.E, por termos escolhido como vocação uma ciência experimental, não podemos também nos fechar ao que até aqui foi aprendido, ao contrário, devemos sempre continuar a pesquisar e aprender sobre novas técnicas e teorias da Psicologia.

Os Doze Passos de Narcóticos Anônimos

1º. Admitimos que éramos impotentes perante a nossa adicção, que nossas vidas tinham se tornado incontroláveis.

2º. Viemos a acreditar que um Poder maior do que nós poderia devolver-nos à sanidade.

3º. Decidimos entregar nossa vontade e nossas vidas aos cuidados de Deus, da maneira como nós o compreendíamos.

4º. Fizemos um profundo e destemido inventário moral de nós mesmos.

5º. Admitimos a Deus, a nós mesmos e a outro ser humano a natureza exata das nossas falhas.

6º. Prontificamo-nos inteiramente a deixar que Deus removesse todos esses defeitos de caráter.

7º. Humildemente pedimos a Ele que removesse nossos defeitos.

8º. Fizemos uma lista de todas as pessoas que tínhamos prejudicado, e dispusemo-nos a fazer reparações a todas elas.

9º. Fizemos reparações diretas a tais pessoas, sempre que possível, exceto quando fazê-lo pudesse prejudicá-las ou a outras.

10º. Continuamos fazendo o inventário pessoal e, quando estávamos errados, nós o admitíamos prontamente.

11º. Procuramos, através de oração e meditação no evangelho, melhorar nosso contato consciente com Deus, da maneira como nós O compreendíamos, rogando apenas o conhecimento da Sua vontade em relação a nós, e o poder de realizar essa vontade.

12º. Tendo experimentado um despertar espiritual, como resultado destes passos, procuramos levar esta mensagem a outros adictos e praticar estes princípios em todas as nossas atividades.

Drogas Psicoativas: Seus efeitos, dependência, Tratamento e etc.

1. O que são Drogas?

Drogas são substâncias utilizadas para produzir alterações, mudanças nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional. As alterações causadas por essas substâncias variam de acordo com as características da pessoa que as usa, qual droga é utilizada e em que quantidade, o efeito que se espera da droga e as circunstâncias em que é consumida.
Geralmente achamos que existem apenas algumas poucas substâncias extremamente perigosas: são essas que chamamos de drogas. Achamos também que drogas são apenas os produtos ilegais como a maconha, a cocaína e o crack. Porém, do ponto de vista da saúde, muitas substâncias legalizadas podem ser igualmente perigosas, como por exemplo o álcool, que também é considerado uma droga como as demais.
Drogas psicotrópicas são aquelas que atuam sobre nosso cérebro, alterando de alguma maneira nosso psiquismo, podendo deprimir, estimular ou perturbar a atividade do Sistema Nervoso Central.
Drogas psicotrópicas : trópica = tropismo ( ter atração por ) psico = ( psiquismo ).

Drogas depressoras da atividade do SNC:
- Álcool
- Soníferos
- Morfina
- Heroína
- Inalantes ou solventes

Drogas estimulantes do SNC:
- Anfetaminas
- Cocaína

Drogas perturbadoras da atividade do SNC:
- LSD
- Ecstasy

2. Quais os tipos de drogas que existem e que efeitos elas provocam ?

As drogas atuam no cérebro afetando a atividade mental, sendo por essa razão denominadas psicoativas. Basicamente, elas são de três tipos:

· Drogas que diminuem a atividade mental, também chamadas de depressores. Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais lenta. Essas drogas diminuem a atenção, a concentração, a tensão emocional e a capacidade intelectual. Exemplos: Ansiolíticos ( tranqüilizantes ), álcool, inalantes ( cola ), narcóticos ( morfina, heroína );

· Drogas que aumentam a atividade mental , são chamadas de estimulantes. Afetam o cérebro, fazendo com que funcione de forma mais acelerada. Exemplos: Cafeína, tabaco, anfetamina, cocaína, crack;

· Drogas que alteram a percepção, são chamadas de substâncias alucinógenas e provocam distúrbios no funcionamento do cérebro, fazendo com que ele passe a trabalhar de forma desordenada, numa espécie de delírio. Exemplo: Lsd, ecstasy, maconha e outras substâncias derivadas de plantas.

Álcool :
A ingestão de álcool provoca diversos efeitos, que aparecem em duas fases distintas: uma estimulante e outra depressora.
Nos primeiros momentos após a ingestão de álcool, podem aparecer efeitos estimulantes, como euforia, desinibição e loquacidade ( maior facilidade para falar ).
Com o passar do tempo, começam a surgir os efeitos depressores, como falta de coordenação motora, descontrole e sono. Quando o consumo é muito exagerado, o efeito depressor fica exarcebado, podendo até mesmo provocar o estado de coma. Os efeitos do álcool variam de intensidade de acordo com as características pessoais.

Solventes ou Inalantes :
· Primeira fase: A chamada fase de excitação, que é desejada, pois a pessoa fica eufórica, aparentemente excitada, sentindo tonturas e tendo perturbações auditivas e visuais. Também pode aparecer tosse, espirros, muita salivação e as faces podem ficar avermelhadas.

· Segunda fase: A depressão do cérebro começa a predominar, ficando a pessoa confusa, desorientada, com a voz meio pastosa, visão embaçada, perda do auto-controle, dor de cabeça, palidez; ela começa a ver ou a ouvir coisas.

· Terceira fase: A depressão aprofunda-se com redução acentuada do estado de alerta, incoordenação ocular ( a pessoa não consegue mais fixar os olhos nos objetos ), incoordenação motora com marcha vacilante, fala “enrolada”, reflexos deprimidos, podendo ocorrer processos alucinatórios evidentes.

· Quarta fase: Depressão tardia, que pode chegar á inconsciência, queda da pressão, sonhos estranhos, podendo ainda a pessoa apresentar surtos de convulsões (“ataques”). Essa fase ocorre com freqüência entre aqueles cheiradores que usam saco plástico e, após um certo tempo, já não conseguem afasta-lo do nariz e, assim, a intoxicação torna-se muito perigosa, podendo levar ao coma e a morte.

Cocaína e Crack:
Os efeitos provocados pela cocaína ocorrem por todas as vias ( aspirada, inalada, endovenosa ). Logo após do uso, o usuário tem uma sensação de grande prazer, intensa euforia e poder.
A tendência do usuário é aumentar a dose da droga na tentativa de sentir efeitos mais intensos. Porém, essas quantidades maiores acabam por levar o usuário a comportamento violento, irritabilidade, tremores e atitudes bizarras devido ao aparecimento de paranóia. No caso do usuário de crack, isso provoca um grande medo e desconfiança e passam a vigiar o local onde usam a droga. Eventualmente, podem ter alucinações e delírios. A esse conjunto de sintomas dá-se o nome de “psicose cocaínica”. Além dos sintomas descritos os usuários de cocaína e crack perdem muito peso em poucas semanas e perdem o interesse sexual.

Tabaco ( cigarro ):
Quando o fumante dá uma tragada, a nicotina é absorvida pelos pulmões, chegando ao cérebro aproximadamente em nove segundos.
Os principais efeitos da nicotina no sistema nervoso central consiste em: elevação do humor, estimulação e diminuição do apetite.
A nicotina produz um pequeno aumento no batimento cardíaco, na pressão arterial, na freqüência respiratória e na atividade motora.
O uso intenso e constante de cigarros aumenta a probabilidade de ocorrência de alguma doenças como, por exemplo, pneumonia, câncer de ( pulmão, laringe, faringe, esôfago, boca, estômago etc.), infarto de miocárdio, bronquite crônica, enfisema pulmonar, derrame cerebral, úlcera digestiva e etc.

Maconha:
Efeitos físicos agudos : os olhos ficam avermelhados, a boca fica seca, o coração dispara, de 60 a 80 batimentos por minuto ou até mesmo mais ( taquicardia )
Os efeitos psíquicos agudos dependerão da qualidade da maconha fumada e da sensibilidade de quem fuma. Para uma parte de quem fuma os efeitos são de bem-estar acompanhada de calma e relaxamento, sentir-se menos fadigado, vontade de rir, e para outras pessoas os efeitos são mais para o lado desagradável, pois, sentem angústia, temerosas de perder o controle mental, trêmulas, suadas. È o que comumente chamam de “bad trip” ( má viagem ).

Há, ainda, perturbação na capacidade da pessoa calcular o tempo e espaço e um prejuízo de memória de curto prazo e atenção.
Aumentando-se a dose ou dependendo da sensibilidade, os efeitos psíquicos agudos podem chegar até a alterações mais evidentes, com predominância de delírios e alucinações.

No caso do delírio a pessoa escuta a sirene da ambulância e julga que é a polícia que vem prende-la.
Na alucinação a pessoa tem uma percepção sem o objeto, isto é, a pessoa pode ouvir a sirene da polícia ou ver duas pessoas conversando quando não existe nem sirene nem pessoas.

Os efeitos físicos crônicos da maconha já são de maior gravidade. A maconha contém alto teor de alcatrão e nele existe uma substância chamada benzopireno, conhecido agente cancerígeno.
Outro efeito físico adverso ( indesejável ) do uso crônico da maconha refere-se á testosterona. Consequentemente o homem terá muita dificuldade de gerar filhos e é importante dizer que o homem não perde interesse sexual, só fica incapacitado de engravidar sua companheira.
Sabe-se que o uso continuado interfere na capacidade de aprendizagem e memorização e pode induzir a um estado de “amotivação”, a pessoa não tem vontade de fazer mais nada, pois tudo fica sem graça e sem importância.

LSD:
O Lsd atua produzindo uma série de distorções no funcionamento do cérebro, trazendo como conseqüência uma variada gama de alterações psíquicas.
A experiência subjetiva com o Lsd depende da personalidade do usuário, de suas expectativas quanto ao uso da droga e do ambiente onde esta é ingerida.
O Lsd é capaz de produzir distorções na percepção do ambiente, cores, formas e contornos alterados, além de estímulos olfativos e táteis parecem visíveis e cores podem ser ouvidas. Outro aspecto que caracteriza a ação do Lsd no cérebro refere-se aos delírios. Estes são chamados os “falsos juízos da realidade”, isto é, há uma realidade, um fato qualquer, más a pessoa delirante não é capaz de avalia-la corretamente.
Logo após toma-lo, o pulso pode ficar mais rápido, as pupilas podem ficar dilatadas.
Ainda no campo dos efeitos tóxicos, há também descrições de pessoas que, após tomarem o Lsd, passaram a apresentar por longos períodos de ansiedade, depressão ou mesmo acessos psicóticos.

Ecstasy:
A droga apresenta efeitos semelhantes aos estimulantes do sistema nervoso central, ( agitação ), bem como efeitos perturbadores ( mudança na percepção da realidade ).
Seus efeitos mais marcantes são a sensação de melhora nas relações entre as pessoas, o desejo de se comunicar, melhora na percepção musical e aumento nas percepções das cores.
O Ecstasy causa, também, diminuição do apetite, dilatação das pupilas, aceleração do batimento cardíaco, aumento da temperatura do corpo ( hipertemia ), rangido de dentes e aumento na secreção do hormônio antidiurético.
Muitos usuários relatam ter um episódio depressivo nos dias após o uso da droga, o que é chamada de depressão de meio de semana. Fadiga e insônia também são comuns.

3. O que é dependência?
Podemos definir uso como qualquer consumo de substâncias (experimental, esporádico ou episódico), abuso ou uso nocivo como sendo um consumo de substâncias que já está associado a algum prejuízo (quer em termos biológicos, psicológicos ou sociais) e, por fim, dependência como o consumo sem controle, geralmente associado a problemas sérios para o usuário.
Dependência é o impulso que leva a pessoa a usar uma droga de forma contínua (sempre) ou periódica ( frequentemente ) para obter prazer. Alguns indivíduos podem também fazer uso constante de uma droga para aliviar tensões, ansiedades, medos, sensações físicas desagradáveis etc. O dependente caracteriza-se por não conseguir controlar o consumo de drogas, agindo de forma impulsiva e repetitiva.
Para compreendermos melhor a dependência, vamos analisar as duas formas principais em que ela se apresenta: a física e a psicológica.

A dependência física se caracteriza pela presença de sintomas e sinais físicos que aparecem quando o indivíduo pára de tomar a droga ou diminui bruscamente o seu uso: é a síndrome de abstinência. Os sinais e sintomas de abstinência dependem do tipo de substância utilizada e aparecem algumas horas ou dias depois que ela foi consumida pela última vez. No caso dos dependentes de álcool, por exemplo, a abstinência pode ocasionar desde um simples tremor nas mãos a náuseas, vômitos e até um quadro de abstinência mais grave denominado “delirium tremes”, com risco de morte, em alguns casos.

Já a dependência psicológica corresponde a um estado de mal-estar e desconforto que surge quando o dependente interrompe o uso de uma droga. Os sintomas mais comuns são ansiedade, sensação de vazio, dificuldade de concentração, más que podem variar de pessoa para pessoa.
Com os medicamentos existentes atualmente, a maioria dos casos relacionados á dependência física podem ser tratados. Por outro lado, o que quase sempre faz com que uma pessoa volte a usar drogas é a dependência psicológica, de difícil tratamento e não pode ser resolvida de forma relativamente rápida e simples como a dependência física.

4. Quais os transtornos psiquiátricos mais associados ás dependências?

A depressão é o transtorno que mais se associa ao abuso e á dependência de drogas. Outros transtornos frequentemente encontrados entre os dependentes são os: transtorno de ansiedade, o obsessivo-compulsivo, os de personalidade e, mais raramente, alguns tipos de psicoses. Mais recentemente descobriu-se que indivíduos com transtornos neurocognitivos ( de aprendizagem ) estão mais propensos a se tornarem dependentes de drogas. Esses podem se manifestar através de problemas de atenção, memória, concentração ou linguagem, entre outros.

A grande dificuldade decorre de, com muita freqüência, esses sinais não serem identificados nem pelos familiares nem pela escola, podendo estar presentes desde a mais tenra idade.
Exemplificando, muitos jovens considerados rebeldes, preguiçosos, desinteressados, vagabundos ou indisciplinados, na verdade podem apresentar um transtorno específico de aprendizagem ou de atenção. È importante ressaltar que esses transtornos prejudicam profundamente a auto-estima e o desenvolvimento das crianças e dos jovens, atrasando ou até mesmo impossibilitando o uso de suas potencialidades.
Se fossem diagnosticados de modo correto, esses distúrbios poderiam ser facilmente tratados, evitando assim conseqüências drásticas que ocorrem quando não são identificados. Como exemplo disso, muitos dependentes de drogas que apresentavam transtorno de atenção, quando o problema foi adequadamente tratado, pararam de consumir drogas.

5. Por que se tratar ?

A dependência de substâncias psicoativas ( álcool e drogas ) é uma síndrome médica bem definida internacionalmente, cujo diagnóstico é realizado pela presença de uma variedade de sintomas que indicam que o indivíduo consumidor apresenta uma série de prejuízos e comprometimentos devido ao seu consumo. È considerada doença crônica quando essa acompanha o indivíduo por toda sua vida. Como toda doença crônica, o tratamento é voltado para a redução dos sintomas, que afetam não apenas o paciente, más toda a comunidade ao seu redor, períodos de controle da enfermidade são observados no tratamento, más uma das características fundamentais é o retorno de toda a sintomatologia ( recaídas ) em alguns períodos da vida do indivíduo. Apesar dos prejuízos que o indivíduo passa a apresentar pelo uso de drogas, outra característica fundamental da dependência é o fato de o sujeito ainda assim manter o consumo ou frequentemente a este retornar. Perde-se, parcial ou totalmente, a capacidade de controlar o uso, a droga passa a controlar a rotina do indivíduo. A definição como “síndrome” implica uma série de sintomas que necessitam estar todos presentes ao mesmo tempo para o diagnóstico ser realizado. Este fato resulta em uma variedade de quadros clínicos que se apresentam aos diferentes serviços de atendimento, garantindo as diferenças individuais entre os pacientes dependentes.
O tratamento deste transtorno psiquiátrico deve, portanto, incluir aspectos comuns a todos os indivíduos acometidos ( aspectos comuns da população de dependentes ), bem como aspectos individualizados ( particulares ) de cada paciente.
Os resultados do tratamento mais frequentemente citados são a redução do consumo de substâncias, a diminuição na utilização de sistemas de saúde e a menor participação em comportamentos ilícitos, associados direta e indiretamente ao uso de drogas e álcool.

O tratamento consiste na elaboração de determinada estratégia ( ato de dirigir coisas complexas ) para obtenção de seus objetivos. Também é uma forma de intervenção ( intercessão, mediação ) para obtenção de cura ou alívio pára o paciente. Estratégias e intervenções lançam mão de modalidades e terapias: Modalidade: cada aspecto ou diversa feição das coisas; Terapia: parte da medicina que se ocupa da escolha e administração dos meios para curar doenças ou obter alívio do indivíduo acometido. Cada uma destas possui sua própria forma de atuação, ou Método : conjunto dos meios dispostos convenientemente para obtenção de um fim, modo de proceder.

6. Abordagem do paciente dependente

Chamamos de “Abordagem” do paciente o período inicial de tratamento, os primeiros contatos entre serviço assistencial e o paciente. Esta fase é crucial para o processo, pois uma avaliação cuidadosa e o mais completa possível é o ponto inicial e essencial para que os indivíduos com problemas decorrentes do consumo de drogas possam receber ajuda afetiva. O objetivo desta fase é construir, juntamente com o paciente, o retrato detalhado e atual de seu envolvimento com o consumo, seu meio ambiente e os resultados deste uso. Outro fator de fundamental importância nesta fase é o estabelecimento de um bom vínculo entre a equipe terapêutica ( médico, psicólogo, assistente social, enfermeiro etc.) e o paciente, onde a confiança possa crescer gradativamente.

Dificilmente um indivíduo procura tratamento por estar convencido de que está usando droga ou álcool demasiadamente. As principais razões para a procura de tratamento são geralmente problemas e prejuízos que se acumulam ao longo da vida de consumo do paciente.
Dentre as principais causas de busca de serviço de assistência podemos relacionar as complicações médicas por exemplo,( convulsões, perda de emprego, separação conjugal, imposição familiar, sentença judicial, dívidas ou atrasos nos compromissos, depressão ou alucinações decorrentes ao consumo ).
È de suma importância a investigação das expectativas do paciente quanto ao tratamento. Expectativas irreais, exageradas, acarretam frustração e denotam, ás vezes, pouca disponibilidade individual para mudança do estilo de vida, fator essencial para a manutenção dos resultados do processo terapêutico.

A história clínica do paciente dependente deve, obrigatoriamente, conter algumas informações essenciais, como as drogas já utilizadas e as que o indivíduo atualmente consome, utilização concomitante de outras drogas e álcool, a via de uso atual e anteriores, quantidade consumida no último ano, mês e semana, a dose diária comumente utilizada, o volume de gastos monetários dirigidos ao uso e a freqüência que o consumo da droga ocorre. Estes últimos indicam a dimensão da compulsão do indivíduo para o consumo. As circunstâncias onde o consumo ocorre são fundamentais para a previsão de possíveis fontes de recaída durante o seguimento. A utilização concomitante de drogas ou de álcool é a regra entre pacientes que procuram o tratamento.

As informações sobre o consumo devem ser recolhidas paralelamente á história de vida do paciente, sugerindo determinado contexto contributório para o uso de drogas ( a combinação de fatores da vida do sujeito que facilitaram ou mesmo propiciaram o início do consumo, sua progressão, o surgimento dos prejuízos relacionados, a busca de tratamento ). È de fundamental importância a entrevista com um familiar do paciente, tanto para corroborar informações obtidas junto ao paciente, como para investigar fatores familiares que possam estar contribuindo para o consumo. Por exemplo, ( a família fornece dinheiro para o paciente? ). A entrevista com um familiar auxilia ainda no estabelecimento de uma rede de suporte mínimo que possa auxiliar o paciente em seus primeiros passos da abstinência.

O levantamento das conseqüência físicas e psíquicas do consumo deve também ser realizada na abordagem inicial do paciente dependente. Todo o paciente deve ser avaliado, clínica e laboratorialmente, quanto ao seu estado físico, bem como possuir uma avaliação psíquica completa pela possibilidade de associação da dependência com os diversos quadros psiquiátricos. Sempre que possível, análises toxicológicas devem ser obtidas, como forma de verificar a veracidade das informações obtidas na história a respeito do consumo de drogas.

A abordagem do paciente, como instrumento inicial do tratamento, deve incluir o contrato terapêutico assumido entre o serviço e o indivíduo, um conjunto de linhas básicas e atribuições de ambas as partes, para que o tratamento não seja enfocado como punitivo ou controlador. O contrato deve incluir a freqüência das visitas e sua duração, o comprometimento com a abstinência total ( de todas as substâncias ), métodos para evitar o contato com drogas e com outros usuários (“colegas de uso”) ou traficantes e a eliminação de restos de droga e objetos utilizados no consumo desta, por exemplo, ( cachimbos, cinzeiros, isqueiros e etc.) O paciente não deve nunca realizar sozinho esta última tarefa, pela enorme possibilidade de experimentar “fissuras” e não resistir á “despedida”.

7. Quando se faz necessário internar o paciente ?

A internação geralmente está mais indicada em casos mais severos, por se constituir em refúgio mais seguro para pacientes menos capazes de resistir por conta própria ás “fissuras” pelo consumo de drogas. Deve-se enfatizar, porém, que a internação não é tratamento, más sim uma estratégia ( modalidade terapêutica ) para a promoção da abstinência, que é apenas a parte inicial do tratamento. Para que algum resultado seja obtido, a internação deve estar obrigatoriamente vinculada a seguimento ambulatorial e a grupos de auto-ajuda.

Algumas indicações de tratamento hospitalar para dependentes de drogas:
· Paciente com ameaça de suicídio ou comportamento auto-destrutivo
· Paciente que ativamente ameaça a integridade física dos outros
· Paciente com sintomas psiquiátricos graves ( psicose, depressão, mania )
· Presença de complicações clínicas importantes
· Necessidade de internação por dependência de outra substância (exemplo: desintoxicação do álcool )
· Falhas recorrentes na promoção da abstinência em nível ambulatorial
· Não possuem suporte social algum, ou seja, seus relacionamentos são exclusivamente com outros usuários.

8. Algumas sugestões para ajudar a parar de usar drogas

Parar de usar todas as drogas incluindo o álcool.
Esta é uma das tarefas mais difíceis para o dependente de cocaína aceitar. O individuo tende a focalizar todas as suas dificuldades por exemplo na cocaína, desprezando a participação das outras substâncias no seu padrão de consumo. O consumo de álcool ou de maconha frequentemente representa o primeiro passo para uma recaída no consumo da própria cocaína.
Além desse fato, o consumo de qualquer substância evoca as memórias do consumo da droga principal consumida, desencadeando “fissuras” intensas. Ao consumir outra droga, o indivíduo terá menor capacidade de resistir a tais “fissuras”, recorrendo ao consumo.

Os dependentes de drogas não podem manter os relacionamentos com antigos companheiros de consumo, não podem ir aos bares e outros ambientes onde costumavam encontrar esses colegas, pois o consumo de substâncias psicoativas ( drogas ou álcool ) é a atividade central dessas atividades. O indivíduo, nessas ocasiões, volta a sentir desejo intenso, como uma necessidade de consumir, não conseguindo resistir á droga. Esta é a principal razão de recaídas, pelo menos nos pacientes em tratamento.

Os dependentes em tratamento nunca devem testar-se, para saber “como estão indo no tratamento”. Este fenômeno é muito visto entre pacientes, que acreditam que “passando no teste” estarão provando que voltaram a conquistar o controle sobre a droga e que “jamais irão consumir novamente”. Infelizmente, nada poderia ser mais falso que isto. Mesmo passando no “teste”, o paciente estará mais próximo de uma recaída, tanto por ter se aproximado do ambiente de consumo como, provavelmente, por excesso de autoconfiança.

O aprendizado de como voltar a estar em sintonia com o mundo “careta” é uma das tarefas mais difíceis da recuperação. Alguns indivíduos chegam a relatar que “desaprenderam a falar” sem o efeito das drogas.
Construir metas para alcançar seus objetivos é uma boa estratégia para lhe ajudar.
Muitas pessoas decidem mudar algo fundamental na sua vida apoiadas somente na força de vontade. Para alguns poucos essa estratégia funciona. Para a maioria, a melhor maneira de concretizar as mudanças é combinar força de vontade com maneiras claras de operacionalizar seus objetivos.
Um plano é útil na hora de medir progressos, entender erros e acertos, mudar o curso da ação, se algo não está funcionando. Pode ajudar a saber a quem recorrer quando for preciso apoio e antecipar possíveis dificuldades e o modo de enfrentá-las.
No seu plano, comece por estabelecer metas, ou seja, definir aonde você quer chegar.
Objetivos gerais são importantes, más insuficientes. Dizer para si mesmo “quero parar de fumar” é bom, más melhor é dizer “daqui a um mês quero ter largado esse vício”.
Ter idéias de atividades que possam substituir seu uso de drogas, por exemplo :

Atividades/ Situações
-Fumar quando falo ao telefone
-Fumar maconha toda vez que eu tenho uma briga com alguém
Alternativas

-Ter um copo de água ao meu lado para beber devagar, ser mais breve no telefone se a fissura para fumar aumentar muito.
-Sair para tomar ar fresco, jogar futebol ou relaxar ouvindo sua música favorita para aliviar a raiva, procurar um amigo para desabafar.

9. Qual a importância do papel da família no tratamento do paciente dependente químico ?

A terapia familiar é um aspecto sumamente importante na recuperação do dependente em tratamento.
Durante o tratamento sempre nos deparamos com familiares com conhecimentos insuficientes sobre ( drogas, álcool e suas implicações ) para compreender a necessidade da participação no processo terapêutico e poder lidar satisfatoriamente com o problema. Preconceitos e sofrimento acumulado pelos familiares interferem com o processo terapêutico.

Atenção especial deve ser dirigida aos familiares, o núcleo vivencial mínimo do paciente, para minimizar as chances de fracasso.

A família necessita discutir seus (pré-) conceitos, melhorar a qualidade das relações interpessoais para criar uma real estrutura de suporte ao paciente que auxilie em sua reabilitação.

Faz-se necessário que a família aprenda a não “sabotar” o processo de recuperação do paciente e mesmo sua abstinência. Os profissionais já se acostumaram com perguntas de familiares do tipo “ Mas se ele é dependente de cocaína, por que não posso oferecer uma cervejinha para ele no churrasco, junto com a família ?”.

As famílias precisam lidar com negação, identificar outros possíveis casos, lidar com mal-entendidos, defesas mal-estruturadas, estigma e sua própria ignorância em relação ás diversas dimensões do problema da dependência de substâncias psicoativas.

A mudança no estilo de vida, aspectos psicoeducacionais devem, portanto, ser incluídos em qualquer tratamento dirigido á família, qualquer que seja a orientação psicológica, com o devido cuidado de preservar o espaço de discussão do funcionamento e rotina familiar e suas relações interpessoais.

10. Tratamento farmacológico

A utilização de intervenções farmacológicas não apenas são estratégias válidas e disponíveis, como muitas vezes salvam a vida de dependentes em determinadas condições ( emergências ) etc.

Categorias dos agentes farmacológicos utilizados no tratamento das dependências:

-Medicamentos para quadros de intoxicação: utilidade, por exemplo, em superdosagens

-Medicamentos para abstinência: revertem ou atenuam sintomas físicos e psíquicos imediatos á abstinência.

-Medicamentos para controle da compulsão: reduzem o impulso para buscar e consumir álcool e drogas

-Medicamentos para controle de condições psiquiátricas co-móbidas.

11. Tratamento terapêutico

As principais formas de atuação dos profissionais podem ser agrupadas segundo as modalidades:

Seguimento individual – aconselhamento
Psicoterapia individual
Psicoterapia em grupo
Prevenção de recaída
Treinamento da habilidades sociais
Tratamento familiar

O objetivo final de todas estas técnicas é que o paciente desenvolva capacidade de evitar comportamentos associados ao consumo, lidando melhor com relacionamentos e com fontes de estresse, aumentando a auto-estima e promovendo uma mudança significativa do estilo de vida do paciente.

12. Algumas Definições

Experimentador : pessoa que experimenta a droga, levada geralmente por curiosidade. Aquele que prova a droga uma ou algumas vezes e em seguida perde i interesse em repetir a experiência.

Usuário Ocasional : utiliza uma ou várias drogas quando disponíveis ou em ambiente favorável, sem rupturas ( distúrbios ) afetiva, social ou profissional.

Usuário Habitual : faz uso freqüente, porém sem que haja ruptura afetiva, social ou profissional, nem perda de controle.

Usuário Dependente : usa a droga de forma freqüente e exagerada, com rupturas dos vínculos afetivos e sociais. Não consegue parar quando quer.

Dependência : quando a pessoa não consegue largar a droga, porque o organismo acostumou-se com a substância e sua ausência provoca sintomas físicos ( quadro conhecido como síndrome da abstinência ), ou porque a pessoa acostumou-se a viver sob os efeitos da droga, sentindo um grande impulso de usá-la com freqüência (“fissura”).

Escalada : é quando a pessoa passa do uso de drogas consideradas “leves” para as mais “pesadas”, ou quando, com uma mesma droga, passa de consumo ocasional para consumo intenso.

Tolerância : quando o organismo se acostuma com a droga e passa a exigir doses maiores para conseguir os mesmos efeitos.

Poliusuário : pessoa que utiliza combinação de várias drogas simultaneamente, ou dentro de um curto período de tempo, ainda que tenha predileção por determinada droga.

Overdose : dose excessiva de uma droga, com graves implicações físicas e psíquicas, podendo levar á morte por parada respiratória ou cardíaca.

12. Perguntas que não querem calar

Existem drogas leves e drogas pesadas ?

Esta é uma questão que sempre causa discussões e, por isso, há mais de uma posição a respeito. Do ponto de vista da lei, não há diferença entre drogas leves e pesadas, mas apenas entre drogas legais e ilegais (ou lícitas e ilícitas). Fumar maconha ou injetar cocaína, por exemplo: as duas atitudes infringem igualmente a lei. Na prática, porém, o uso de maconha raramente chega a ter as mesmas conseqüências perigosas à saúde que o de cocaína.

Além disso, sabemos que os riscos relacionados ao consumo de drogas dependem mais da maneira e das circunstâncias em que elas são usadas do que do tipo de droga utilizado. Mesmo para os dependentes, os perigos dependem do grau de dependência e não da natureza da droga e de ela ser lícita ou ilícita. A morfina, substância legalizada, cujos efeitos são muito semelhantes aos da heroína, poderia ser considerada uma droga pesada, e, apesar disso, ela é receitada para pacientes com câncer, sem que necessariamente eles se tornem dependentes.

Na verdade, não deveríamos falar em drogas leves e pesadas, mas sim em uso leve e uso pesado de drogas. Com relação ao álcool, por exemplo, existem dependentes que nunca conseguem beber moderadamente; ao mesmo tempo, existem usuários ocasionais, que jamais se tornarão dependentes de álcool. Para os primeiros, o álcool é uma droga extremamente perigosa (droga pesada), enquanto para os últimos o álcool é um produto inofensivo (droga leve).

As substâncias ilegais são mais perigosas do que as legalizadas ?

Nem sempre. Os perigos relacionados ao uso de drogas dependem de diversos fatores, como já vimos: que droga é utilizada, em quais condições e quem é o usuário. O fato de a substância ser legal ou ilegal não tem uma relação direta com o perigo que oferece.

Temos a tendência de achar que substâncias como o álcool, já que são legalizadas, não são tão problemáticas e prejudiciais quanto as drogas ilegais, o que é um engano. Assim, observamos que na nossa cultura somos demasiadamente tolerantes com relação às drogas legalizadas (álcool, medicamentos, fumo etc.).

As drogas naturais são menos perigosas do que as drogas químicas ?

Não. Substâncias obtidas a partir de plantas, como a cocaína, podem ser tão ou até mesmo mais perigosas do que as drogas produzidas em laboratórios, como o LSD.

Todo usuário de drogas vai se tornar um dependente ?

A maioria das pessoas que consomem bebidas alcoólicas não se torna alcoólatra (dependente de álcool). Isso também é válido para grande parte das outras drogas.

De maneira geral, as pessoas que experimentam drogas o fazem por curiosidade e as utilizam apenas uma vez ou outra (uso experimental). Muitas passam a usá-las de vez em quando, de maneira esporádica (uso ocasional), sem maiores conseqüências na maioria dos casos. Apenas um grupo menor passa a usar drogas de forma intensa, em geral quase todos os dias, com conseqüências danosas (dependência).

O grande problema é que não dá para saber, entre as pessoas que começam a usar drogas, quais serão apenas usuários experimentais, quais serão ocasionais e quais se tornarão dependentes.

É importante lembrar, porém, que o uso, ainda que experimental, pode vir a produzir danos à saúde da pessoa.

O tratamento de um dependente químico com medicações pode fazer com que ele se torne dependente de remédios ?

No tratamento da dependência tenta-se sempre evitar o uso de medicações que possam ocasionar esse problema. A maioria dos remédios receitados pelo médico nesses casos não causam dependência. Alguns, como benzodiazepínicos, barbitúricos e metadona, podem vir a causar dependência, mas, ainda assim, podem ser usados, desde que sob controle médico, por determinados períodos de tempo e em doses adequadas.

Quais são as razões que levam uma pessoa a usar drogas ?

Muitas são as razões que podem levar alguém a usar drogas. Cada pessoa tem seus próprios motivos. Os pais não devem tirar conclusões apressadas se suspeitam ou descobrem se o filho ou filha usou ou está usando drogas. É preciso que escutem com muita atenção o que o filho ou a filha tem a dizer para poderem compreender o que está acontecendo. Entre os possíveis motivos, destacamos:

A oportunidade surgiu e o jovem experimentou.O fato de um jovem experimentar drogas não faz dele um dependente. Porém, mesmo experiências aparentemente inocentes podem resultar em problemas (com a lei, por exemplo). Um jovem que usou drogas passa a ser tratado muitas vezes como "drogado" por seus pais ou professores. O excesso de preocupação com o uso experimental de drogas pode tornar-se muito mais perigoso do que o uso de drogas em si.Diante dessa situação os pais não se devem desesperar. Reagir com agressividade e com violência pode até mesmo empurrar o jovem para o abuso e a dependência de drogas. Os pais devem alertá-lo sobre possíveis riscos e, se possível, conversar francamente sobre o assunto, aproveitando a oportunidade.
O uso de drogas pode ser visto como algo excitante e ousado pelos jovens.Cabe aos adultos alertar os jovens sobre os riscos relacionados com o uso de drogas.

Entretanto, muitas vezes são justamente os riscos envolvidos que podem exercer atração sobre eles. Esta é uma das críticas que são feitas às campanhas antidrogas de caráter amedrontador, que exageram os riscos. Assim, quando se falar em riscos, a informação deverá ser objetiva, direta e precisa, caso contrário o efeito poderá até mesmo ser oposto ao desejado. Grande parte dos jovens conhece pessoas que usam maconha e que nunca se interessaram por outras drogas. Para eles, a afirmação de que "a maconha é a porta de entrada..." pode soar mentirosa e, como consequência, deixarão de ouvir os adultos em assuntos realmente importantes. Por outro lado, se o jovem que ouve essa afirmação nunca experimentou drogas e pouco conhece do assunto, ele pode ficar muito curioso, principalmente porque para os adolescentes assumir riscos faz parte do jogo, em que o próprio risco é transformado em desafio.Por exemplo, alertar os jovens sobre os riscos de se consumir bebida alcoólica e depois sair dirigindo pode ser feito de forma clara, precisa e objetiva. Isso é muito mais educativo do que discursos dramáticos e aterrorizantes sobre os malefícios do álcool. Dizer de outra forma, tentar exagerar os riscos e perigos pode ser um estímulo ao uso de drogas, principalmente para os jovens.

As drogas podem modificar o que sentimos. Esse poder de transformação das emoções pode se tornar um grande atrativo, sobretudo para os jovens. A melhor maneira de tentar neutralizar a atração que as drogas exercem seria estimular os jovens a experimentar formas não-químicas de obtenção de prazer. Os "baratos" podem ser obtidos através de atividades artísticas, esportivas, etc. Cabe aos adultos tentar conhecer melhor os jovens para estimulá-los a experimentar formas mais criativas de obter prazer e sensações intensas.

Muitas pessoas acreditam que os jovens acabam consumindo drogas pela influência de colegas e amigos (pressão de grupo).Embora a "pressão do grupo" tenha influência, sabemos que a maioria dos grupos tem um discurso contrário às drogas; mesmo assim, alguns jovens acabam se envolvendo. Mais importante do que estar em acordo com o grupo é estar bem consigo mesmo. Os jovens que dependem exageradamente da aprovação do grupo são justamente aqueles que têm outros tipos de problemas (por exemplo, sentem-se pouco amados pelos pais, deslocados, pouco atraentes, etc.).

O uso de drogas pode ser uma tentativa de amenizar sentimentos de solidão, de inadequação, baixa auto-estima ou falta de confiança.Nesses casos, é importante tentar ajudar o jovem a superar as dificuldades sem a necessidade de recorrer às drogas. Os pais devem dar segurança para seus filhos através do afeto. Eles devem se sentir amados, apesar de seus defeitos ou de suas dificuldades.

Mas não existe uma pressão externa para consumir drogas?

Sim, essa pressão certamente existe. Nossa sociedade tem como um de seus maiores objetivos a felicidade. O grande problema é que tristeza, descontentamento e solidão passam a ser vistos como situações a serem eliminadas, quando, na verdade, elas fazem parte da vida e devem ser compreendidas e transformadas. Desde muito cedo, as crianças têm um modelo de felicidade diretamente ligado ao consumismo: o que podemos comprar poderá nos trazer satisfação e felicidade. As propagandas de álcool, cigarro e chocolate veiculam esse modelo, para vender seus produtos. A crença ingênua de que "podemos comprar a felicidade" e de que "tristeza e solidão devem ser evitadas a qualquer preço" constituem o mesmo padrão de relação que os dependentes (consumidores) estabelecem com as drogas (produtos). Nesse sentido, podemos dizer que os "drogados" estão apenas repetindo o modelo de sociedade que lhes oferecemos.

Consumir drogas é uma forma de obtenção de prazer. Isso não pode ser negado. Devemos ter em mente queexistem maneiras de se obter prazer cujo preço a pagar pode ser muito alto. Devemos ensinar aos jovens que a fórmula de "felicidade a qualquer preço" imposta pela sociedade aos indivíduos não é a melhor maneira de se viver.

No comércio de drogas, jovens são muito utilizados pelos traficantes como intermediários (conhecidos como "aviões") na venda de drogas ilícitas. Esse comércio lucrativo torna-se uma alternativa de ganho, ainda que ilegal, mas também favorece o contato dos jovens com as drogas, com a violência e com as doenças a elas relacionadas.

O que pode ser feito ao se descobrir que um filho está usando drogas?

Não há uma resposta simples para essa questão. Existem muitas maneiras de se responder à pergunta. Alguns pontos devem ser destacados:
· Existe uma variedade muito grande de drogas.
· Drogas diferentes produzem diferentes efeitos nas pessoas; alguns são perigosos, outros não.
· Existem formas mais e menos perigosas de se consumir drogas (injetar drogas é geralmente muito mais perigoso do que usá-las de outras maneiras).
· A lei é diferente para cada tipo de droga (é ilegal fumar maconha).
· O uso de algumas drogas, como o álcool, é socialmente mais aceitável do que o de outras. Entretanto, o que é ou não socialmente aceitável depende das características da comunidade em questão – seus valores, sua cultura (o álcool não é socialmente aceitável em comunidades muçulmanas) – e não do risco que a droga representa.
· Cada jovem é uma pessoa diferente e única e podem ser muitas as razões pelas quais alguém se envolve com drogas. Da mesma forma, existem variadas formas de ajudá-lo a interromper ou moderar o uso de drogas.
· Os pais têm maneiras diferentes de lidar com um filho que esteja usando drogas. Embora alguns sejam totalmente contra o uso de qualquer droga, a maioria considera aceitável o uso de determinadas substâncias (bebidas alcoólicas, fumar cigarro). Alguns pais são tolerantes e outros se resignam com o fato de seus filhos usarem drogas.
· Existem várias instituições de ajuda a pessoas com problemas relacionados ao uso de drogas.

13. Prevenção a recaída (As Fases e Sinais de aviso da recaída)

1. Estabilização — Voltar ao auto-controle e ao meu comportamento
Estabilização: antes de fazer o plano de prevenção de recaída deve-se estar no controle de si mesmo.
Estabilização significa reconquistar o controle dos pensamentos, emoções memória, julgamento e comportamento após ter recaído. E uma hora de crise para o adicto e sua família. A recaída quebrou sua vida. E normal que a pessoa se sinta assustado, zangado, desapontado e culpado. O adicto precisa de ajuda. Precisa se voltar para pessoas em quem confia e de que depende e que pode ajudar a tomar os passos necessários para estabelecer sua sobriedade.
Se for incapaz de manter um controle consistente de seus pensamentos, emoções e comportamentos deveria consultar um consultor profissional ou centro de tratamento. Pode precisar de ajuda profissional para conseguir se estabilizar.

2. Avaliação — Precisa entender, com a ajuda dos outros, o que ocasionou o episódio de recaída.
Avaliação: O segundo passo do plano de prevenção de recaída é descobrir o que ocasionou a recaída. Isto é feito revisando a historia de uso de químicos, assim como os sinais de aviso específicos e sintomas que ocorrem durante tentativas de conseguir abstinência.
Esta informação fornecerá indícios do que foi feito errado e o que pode ser feito diferente para melhorar suas chances de sobriedade permanente. Lembre-se que seu passado é seu melhor professor. Se você falha em aprender com seu passado, você é condenado a repeti-lo.

3. Educação — Preciso aprender sobre o processo de recaída e como preveni-lo.
Educação — para prevenir recaída é preciso entende-las. Quanto mais informações possuir sobre adicção, recuperação e recaída, mais ferramentas você terá para manter sobriedade.
É necessário entender os sintomas de abstinência demorada o que lhe coloca num alto risco de desenvolve-la, o que pode aciona-la o que se precisa para preveni-la o lidar com ela.
Deve familiarizar-se com os sinais de aviso e ser capaz de dar exemplos deles e coloca-los nas próprias palavras para ter certeza de entende-los..

4. Identificação dos sinais de aviso — Preciso identificar os sinais de aviso que me dizem que tenho problema com minha sobriedade.
Toda pessoa tem um conjunto pessoal e único de sinais que indicam que o processo de recaída esta acontecendo. Estes são sinais para o próprio e para os outros que existe processo de recaída, ou desenvolvimento de outros sintomas. Identificação dos sinais de aviso é o processo de identificar os problemas e sintomas que podem levar a recaída. Problemas podem ser situações internas ou externas ao adicto.
Sintomas podem ser problemas de saúde, problemas de pensamento, problemas emocionais, de memória ou de julgamento e comportamento adequado. E preciso desenvolver uma lista de sinais de aviso pessoais ou de indicações de que pode estar em perigo. A lista de avisos deve ser desenvolvida de experiências das recaídas passadas.
Da lista de sinais escolha cinco que se aplicam ao adicto. Coloque-os nas próprias palavras do adicto e escreva uma declaração sobre cada um que descreva sua própria experiência. Você precisa ter uma lista de indicadores e especificar o que esta saindo de uma vida produtiva e confortável, para começar a se mover para a recaída.

5. Administração dos sinais de aviso — Preciso ter planos concretos para prevenir e parar os sinais de aviso.
Administração dos sinais de aviso: cada sinal de aviso na verdade é um problema que precisa prevenir ou resolver desde que acorra. Se você quer evitar um problema, precisa revisar cada sinal de aviso e responder a questão: Como posso evitar que este problema aconteça?
É necessário lembrar que adicção é uma doença com tendência á recaída. Isto significa que qualquer adicto em recuperação terá uma tendência a experimentar problemas ou sinais de aviso que podem levar-lo de volta ao uso aditivo.
Uma vez que se saiba e aceite este fato, pode-se planejar o inevitável. Haverá problemas e sinais de aviso de recaída. Se você quer evitar a recaída você precisa ver cada sinais de aviso que experimentou no passado e formular um plano para lidar com eles. E essencial que se estabeleça novas respostas para identificar sinais de aviso de recaída. Determinar o que se ira fazer quando reconhecer que um sinal de aviso está acontecendo em sua vida. Como pode ser interrompida a síndrome de recaída? Que ação positiva pode se tomar que removera o sinal de recaída? Liste varias opções ou possíveis soluções para remover o problema. Listar várias alternativas dará mais chances de se escolher solução e dar alternativas se a primeira escolha não funcionar. Escolha uma opção razoável que pareça oferecer a melhor possibilidade de interromper o processo de recaída. Esta será a resposta nova quando perceber um sinal de recaída em particular.
Pratique cada nova resposta até se tornar um habito. Se a nova resposta estiver disponível para na hora de stress alto, haverá a necessidade de pratica-lo na hora em que o stress estiver baixo.
Pratique e pratique até que a resposta torne-se um hábito. Se a resposta nova falhar para interromper o sinal de aviso, estabeleça um plano novo mais efetivo.
Não se pode permitir aditar um plano para interromper os sinais se eles ocorrerem. Se não se possuir um plano, não será capaz de interrompe-los quando ocorrerem.

6. Treinamento do inventário — Preciso fazer um inventário duas vezes por dia para que possa perceber os primeiros sinais de problemas e corrigir os problemas antes que fiquem fora de controle.
Treinamento do inventario: Qualquer programa de recuperação com sucesso envolve um inventaria diário. O 1º passo é lembrar-nos que devemos continuar a fazer um inventário pessoal e quando estivermos errados admiti-los prontamente. Um inventário diário é necessário para ajudar a identificar os sinais de aviso de recaída antes da negação ser reativada. Qualquer sinal de recaída pode ser o primeiro passo para voltar a beber ou ter colapso emocional e físico. Sem um inventário diário o adicto ira ignorar os sinais iniciais, e então será incapaz de interromper a síndrome da recaída quando se torna mais aparente.
Para um plano de prevenção de recaída é necessário projetar um sistema de inventário especial que monitora os sinais de aviso de uma recaída em potencial.
Desenvolva uma maneira para incorporar este sistema de inventário na vida no dia-a-dia. Agora você tem uma lista dos sinais de aviso pessoais. Como você vai determinar se algum destes sintomas for ativado em sua vida?
Para que um inventário diário se torne um hábito, recomendamos que se estabeleça dois rituais para o inventário diário. O primeiro deveria ser pela manhã. Abra um espaço de 5 a 10 minutos para ler a meditação no livro 24 horas e fazer um resumo de seus planos para o dia. Pergunte-se se você está preparado para este dia e o que você pode fazer que lhe ajudará fisicamente e emocionalmente a enfrentar os desafios do dia e manter uma sobriedade confortável. O segundo ritual de inventário deveria ocorrer á noite. Reveja as tarefas do dia, identifique o que você manuseou bem e o que precisa melhorar.
Que forças você usa para enfrentar os desafios do dia? Como você pode reforçar e aumentar sua força? Que fraqueza ficou aparente e como você pode corrigir os defeitos e melhorar nestas áreas?
Olhe cuidadosamente na sua lista de sinais de recaída pessoal. Alguns deles estão presentes em sua vida? O que você esta fazendo para corrigir estas situações? Existem outros sinais de aviso que podem ser acrescentados a sua lista?
Pode ser útil manter um diário para rever seu progresso na recuperação e para acompanhar os sinais de recaída. Isto ajudaria a ver que você esta fazendo um progresso na recuperação, um progresso porque lutamos. Afinal, não por perfeição.
Apenas saber quais são os seus sinais de aviso não irão necessariamente lhe ajudar. Lembre-se que os sinais de recaída se desenvolvem inconscientemente. Você não sabe que eles estão acontecendo. Um inventário é uma maneira para rever conscientemente o que acontece no dia. Através de um inventário feito duas vezes de manhã e á noite é possível perceber os sinais de recaída, e fazer algo para pará-los antes de perder o controle.

7. Rever o programa de recuperação — Preciso rever meu programa de recuperação atual para :
ter certeza de que existe ajuda para tratar com meus sinais de aviso.
REVER O PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO
Recuperação e recaída são os lados opostos da mesma moeda. Se você não esta se recuperando, você esta em perigo de recair. Um bom programa de recuperação é necessário para evitar à recaída. Seu programa de recuperação anterior funciona bem para você?
Como pode ser melhorado é necessário aprender a se desafiar na vida diária. O adicto conhece sua adicção e sabe lidar com os sintomas? Presta atenção a todas as suas necessidades de saúde? Está fazendo todo o necessário para se recuperar?
É necessário desenvolver um novo programa de recuperação baseado no que funcionou e do que não funcionou no passado.
Para cada problema, sintoma ou sinal de aviso que se identifique precisa-se ter certeza de que há alguma coisa no programa de recuperação para ajudar a lidar com isto.

8. Envolvimento com os outros — Preciso pedir aos outros que me ajudem a continuar sóbrio, falando-lhes sobre os meus sinais de aviso e pedindo por um retorno se eles verem quaisquer sinais aparecerem.
Envolvimento de pessoas significativas. Você não pode se recuperar sozinho. Recuperação total envolve a ajuda e apoio de uma variedade de pessoas. E necessário ajuda de outras pessoas para ter sucesso num plano de prevenção de recaída. O processo de recaída muitas vezes é um processo totalmente inconsciente. Apesar de um inventario diário pode se não ver o que esta acontecendo. Por isso é importante envolver outras pessoas nos planos de prevenção de recaída.
Membros da família, colegas de trabalho e companheiros da instituição em que você faz o seu tratamento podem ser muito úteis em ajudar a reconhecer sinais de aviso enquanto ainda é possível fazer algo sobre eles. Para que os outros possam ajudar, eles precisam conhecer os sinais de aviso e se preocupar o bastante para ter disposição de falar ao adicto quando percebem estes sinais de aviso.
E necessário estar disposto a falar com estas pessoas regularmente para que eles possam notar quando algo está errado e agir sobre o que eles dizem.
Selecione pessoas significativas na vida do adicto para ficarem envolvidas na prevenção de recaída. Podem ser os membros mais próximos da família, um patrão que o apóia, um padrinho ou amigo da instituição.
Faça uma lista das pessoas com quem se tem um contato diário. Escolha desta lista as pessoas que você acha que seriam importantes para lhe ajudar a continuar sóbrio e evitar a recaída. Estas pessoas formam a rede de intervenção. Determine como cada pessoa interagiu com o adicto no passado, quando mostrou sintomas de recaída. Foram úteis à sobriedade? O que poderia fazer que seria mais útil a sua sobriedade? Agora determine o que você gostaria que estas pessoas fizessem na próxima vez que forem reconhecidos os sintomas de recaída.
Reúna as pessoas da vida do adicto para a reunião. Explique a eles lista de sinais de aviso pessoais e forme um contrato com cada pessoa de apoio sobre o que ele deverá fazer quando os sintomas de recaída forem percebidos e o que eles farão se o adicto começar a usar. O que se quer que eles façam e o que eles estão dispostos a fazer se a negação for reativada e se ficar incapaz de reconheces que existe um problema?
A rede de intervenção deveria ensaiar ou representar uma situação quando o adicto pode ficar numa pior. Representar uma situação na qual se esta mostrando sinais de aviso e então negar estes sintomas. A pessoa precisa ensaiar o que ele precisa fazer para ajudar a interromper a síndrome de recaída.
Permita a rede de intervenção participar na sua recuperação. Encoraje-os a apoiar o programa de recuperação e a rejeitar apoio a seus sintomas de aviso de recaída. Lembre-se também, que os membros da família também estão se recuperando. E precisam conhecer suas necessidades e assumir um forte compromisso para atende-lo em seus próprios programas de recuperação.

9. Acompanhamento e reforço — Preciso revisar meu plano de prevenção de recaída em intervalos regulares à medida que cresço e mudo na recuperação.
ACOMPANHAMENTO E REFORÇO:
Adicção não tem cura. Ela é uma doença crônica. Recuperação da adicção é uma maneira de vida. Como o plano de prevenção de recaída é parte da recuperação, também precisa tomar-se uma maneira de vida. O plano de prevenção de recaída precisa ser integrado em toda a vida e em todos aspectos da sua recuperação do adicto.
O plano de prevenção de recaída precisa ser compatível com a instituição e outros grupos de apoio que se usa para progressiva sobriedade.
Deve também ser compatível com o programa de tratamento e da família.
Prevenção de recaída precisa ser praticada até tornar-se um hábito. Todos somos escravos de nossos hábitos. A única liberdade que podem ter e escolher com cuidado os hábitos dos quais ficaremos escravos. Para a pessoa em recuperação é especialmente real que existe liberdade na estrutura. Somente no habito e na estrutura de um programa de sobriedade diário é que se pode conseguir a liberdade da escravidão da adicção.
E preciso estar disposto e revisar e atualizar o plano de prevenção de recaída em intervalos regulares e estar dispostos a reconhecer novos problemas que ameaçam a sobriedade. Plano de prevenção de recaída é um processo que deveria tornar-se uma parte integral da recuperação.
A conseqüência será a liberdade para gozar sobriedade confortável e a garantia que se tem um conhecimento de recaída, que se pode identificar os próprios sinais de aviso, e que se tem um plano de ação permitir que estes sinais de aviso se desenvolvam.

AS FASES E SINAIS DE AVISO DA RECAÍDA

(Sintomas da disfunção externa)
O processo de recaída leva a pessoa em recuperação a sentir dor e desconforto sem o químico. Esta dor e desconforto ficam tão fortes que a pessoa em recuperação fica incapaz de viver normalmente quando não bebe ou usa e sente que beber não pode ser pior que a dor de continuar sóbrio.
Trinta e sete sinais de recaída foram identificados em 1973 por Terence Gorski pela conclusão de entrevistas clinicas com 118 pacientes em recuperação. A pessoa em recuperação tem quatro coisas em comum :-
a pessoa completa um programa de reabilitação de alcoolismo de 21 a 28 dias;
reconheceu que é uma pessoa em recuperação e não pode usar álcool/drogas com segurança;
foi dispensada com a intenção consciente de ficar sóbrio permanentemente, se utilizados de Alcoólicos Anônimos/Narcóticos Anônimos e o aconselhamento profissional no ambulatório;
finalmente volta a beber, apesar de seu compromisso inicial de permanecer sóbrios.
Os sintomas mais comuns relatados nesta Pesquisa clínica foram compilados num quadro de Recaída retratando os sinais de aviso da recaída.
Esses sinais foram divididos em 11 fases e a redação mudou um pouco para ser entendia com mais facilidade.

FASE UM - SINAIS DE AVISO DE RECAÍDA INTERNOS.
Nesta fase a pessoa em recuperação se sente incapaz de funcionar normalmente dentro de si mesmo. Os sintomas mais comuns são:

1.1 — Dificuldade De Pensar Com Clareza.
A pessoa em recuperação muitas vezes tem dificuldade em pensar com clareza ou resolver problemas, geralmente simples. Às vezes sua mente age com pensamentos rígidos e repetitivos. Outras vezes sua mente parece se fechar ou dar brancos. Tem dificuldades de se concentrar ou pensar lógicamente por mais que alguns minutos. Por isso nem sempre está seguro de como uma coisa se relaciona ou afeta outras coisas. Também tem dificuldade em decidir o que fazer a seguir para lidar com sua vida em recuperação. Às vezes é incapaz de pensar claramente e tende a tomar decisões, que não tomaria se o pensamento estivesse normal.

1.2— Dificuldades Em Lidar Com Sentimentos e Emoções.
Na recuperação a pessoa que tem dificuldades em lidar com seus sentimentos e emoções. Às vezes super-regra emocionalmente (sentem demais). Às vezes fica emocionalmente insensível (sentem muito pouco) e não é capaz de saber o que está sentindo. Em outras vezes ainda, tem pensamentos estranhos e malucos, sem razão aparente (sentem coisas erradas) e começa a pensar que vai ficar louco. Este problema de lidar com os sentimentos e emoções leva-o a experimentar e confiar em seus sentimentos e emoções, muitas vezes há ignorá-los ou esquecê-las. Às vezes a incapacidade de lidar com os sentimentos e emoções, leva-o a reagir de maneira que não agir, como se seus sentimentos fossem admitidos apropriadamente.

1.3 - Dificuldade em Lembrar Coisas.
A pessoa em recaída em recuperação tem problemas de memória e o impede de apreender informações novas e habilidades, a coisas novas que aprende tende a se dissolver de sua mente dentro de 20 minutos após aprende-la.
Tem problemas para se lembrar de fatos importantes da infância, adolescência ou como adultos. Às vezes de lembrar tudo claramente. Sente-se bloqueados, grudados ou desligados da memória. Às vezes a incapacidade de lembrar coisas levando tomar decisões que não tomaria se sua memória estivesse funcionando bem.

1.4- Dificuldade em Lidar Com o Stress.
A pessoa em recuperação tem dificuldade em lidar com o stress. Não consegue reconhecer os menores sinais do stress diário. Quando reconhece o stress é incapaz de relaxar. As coisas que a pessoa faz para relaxar ou não funciona ou piora seu stress. A pessoa fica tão tensa que não consegue se controlar. Devido à tensão constante existem dias em que o esforço torna-se tão forte que é incapaz de funcionar normalmente e sente que vai ter um colapso físico ou emocional.

1.5 — Dificuldade em dormir tranqüilamente.
Na recuperação a pessoa tem dificuldade em dormir tranqüilamente. Não consegue dormir. Quando dorme tem sonhos incomuns e perturbadores. Acorda muitas vezes e tem dificuldade de voltar e dormir. Dormir intermitentemente e raramente experimenta um sono profundo e reparador. Acorda de uma noite de sono e se sente cansado e muda as horas do dia em que descansa. Às vezes fica acordado ate tarde devido à incapacidade de dormir e então dorme demais porque está cansado demais para se levantar de manhã. Às vezes fica tão cansado que dorme por longos períodos, dormindo até um dia inteiro ou mais.

1.6 — Dificuldades com a Coordenação Física e Acidentes.
Na recuperação a pessoa tem dificuldades com a coordenação física que resulta em tonturas, problemas de equilíbrio, dificuldades de coordenação entre os olhos e as mãos, ou reflexos fracos. Estes problemas criam idiotismo, bobo e tolo e propensão a acidentes que leva a outros problemas que não teriam se sua coordenação fosse normal.

1.7 - Vergonha, Culpa e Desesperança.
Às vezes a pessoa em recuperação sente muita vergonha porque acha que está louco, perturbado emocionalmente, deficiente como pessoa, ou incapaz de ser ou sentir-se normal. Outras vezes sente culpa porque acha que está fazendo alguma coisa errada ou falhando em trabalhar um programa de recuperação apropriado. A vergonha e a culpa leva-o a esconder os sinais de aviso e para de falar honestamente com os outros sobre o que estão experimentando. Quando mais a pessoa mantém escondidos, mais fortes os sinais de aviso se tornam. A pessoa tenta lidar com estes sinais de aviso, mas falha. Por isso começa a acreditar que não tem e não existe mais esperança.

FASE DOIS - VOLTA À NEGAÇÃO
Nesta, fase a pessoa não é capaz de reconhecer e falar honestamente aos outros o que está pensando ou sentido. Os sintomas mais comuns são:

2.1 - Preocupação Sobre o Bem — Estar.
Os sinais de aviso internos leva a pessoa a sentir-se inquieta, assustada e ansiosa. Às vezes tem medo de não ser capaz de continuar sóbrio. Esta inquietação vem e vai, e geralmente dura pouco tempo.

2.2 — Negação Da Preocupação.
Para suportar estes períodos de preocupação, medo e ansiedade pode ignorar ou negar estes sentimentos, da mesma maneira que antes negava a adição. A negação pode ser tão forte que não tem consciência dela enquanto a mesma esta acontecendo. Mesmo quando está consciente dos sentimentos, a pessoa esquece logo e se vão. Somente quando pensa de volta na situação mais tarde é que é capaz de reconhecer os sentimentos de ansiedade e sua negação.

FASE TRES - IMPEDIMENTOS E COMPORTAMENTOS DEFENSIVOS
Nesta fase a pessoa em recuperação não quer pensar sobre qualquer coisa que possa trazer de volta os sentimentos dolorosos e desconfortáveis. Por isso começa evitar tudo que possa forçá-lo a uma honesta olhada em si mesmo. Quando são feitas perguntas diretas sobre seu bem-estar, a pessoa tende a ficar na defensiva. Os sintomas mais comuns são:

3.1 — Acreditar que eu nunca mais vou Beber:
A pessoa em recuperação se convence que nunca mais vai usar ou beber novamente. Algumas vezes fala isto a outras pessoas, mas geralmente mantêm isto só para si. Pode ter medo de falar sobre isto só para si. Pode ter medo de falar sobre isto para seu consultor ou para outros membros da instituição. Quando acredita firmemente que nunca mais vão beber ou usar, a necessidade por um programa de recuperação diário parece menos importante.

3.2 — Se preocupa com os outros em vez de si Próprios.
Fica mais preocupado com a sobriedade dos outros do que de com a sua recuperação pessoal. Não fala diretamente sobre estas preocupações, más em particular julga :- a maneira de beber dos amigos e do cônjuge, assim como o programa de recuperação das outras pessoas na instituição, isto se chama trabalhando com o programa dos outros.

3.3 — Ficar na defensiva
Pode ter uma tendência para se defender quando fala dos problemas pessoais ou de seu programa de recuperação mesmo quando nenhuma defesa é necessária.

3.4 — Comportamento Compulsivo
Pode tornar-se compulsivo [ obcecado - ou seja com idéias fixas ou rígidas ] na maneira que pensa ou se comporta. Existe uma tendência de fazer as mesmas coisas varias vezes, sem uma boa razão. Existe uma tendência de controlar conversas ou por falar demais, ou por não falar nada. Tende a trabalhar mais que o necessário, se envolve em muitas atividades e pode parecer um modelo de recuperação devido a um forte envolvimento no trabalho da instituição, pode ser um líder em aconselhar os grupos, representando um terapeuta. Envolvimento casual ou informal com as pessoas, porem evitado.

3.5 — Comportamento Impulsivo
Estruturas do comportamento compulsivo começa a ser interrompidas por reações impulsivas. Em muitos casos são reações a situações estressantes. Situação de stress alto duram bastante tempo geralmente resultam em comportamento impulsivo. Muitas vezes estas super reações ao stress forma a base de decisões, que afetam áreas importantes da vida e compromissos para continuar o tratamento.

3.6 — Tendência á Solidão.
Começar a gastar mais tempo sozinho. Sempre tem boas razões e desculpas para ficar longe das pessoas. Estes períodos de ficar sozinho começam a ocorrer mais vezes e começa a sentir-se cada vez mais sozinho. Em vez de lidar com a solidão, tentando se encontrar ou ficar junto das pessoas, seu comportamento torna-se mais compulsivo e impulsivo.

FASE QUATRO - CONSTRUINDO A CRISE
Nesta fase a pessoa em recuperação começa a experimentar uma seqüência de problemas na vida causados pela negação de sentimentos pessoais, a se isolar e a negligenciar os problemas e trabalhar duro nisto, surgem dois problemas para substituir cada problema resolvido. Os sinais de aviso mais comuns que ocorrem neste período são:

4.1- Visão De Túnel
Visão de túnel é ver somente uma pequena parte da vida e não conseguir uma visão panorâmica. A pessoa em recuperação vê à vida como sendo feita de partes separadas e sem relação. Focaliza em uma parte sem olhar as outras partes, ou como estão relacionadas. Às vezes isto cria a crença errada da que tudo está seguro e indo bem. Outras vezes leva a ver só o que esta indo errado. Pequenos problemas explodem e ficam fora de proporção. Quando isto acontece começam a acreditar que está sendo tratado injustamente e não tem poder para fazer nada sobre isto.

4.2 — Depressão Secundária (Leve).
Sintomas de depressão começam a aparecer e a persistir. Pode sentir-se para baixo, triste, apático, vazio de sentimentos. Dormir demais se torna comum. É capaz de se distrair destes humores, ficando ocupado com outras coisas e não falando sobre a sua depressão.

4.3 — Deixar De Planejar Construtivamente.
Pode parar de planejar cada dia e o futuro: muitas vezes interpreta mal o lema da Instituição - Viva um dia de cada vez, significando que a pessoa não deve planejar ou pensar sobre o que vão fazer. Cada vez menos atenção é prestada aos detalhes. Fica apático. Planos são baseados mais em fatos que gostaria que fosse realidade (como gostaria que fossem as coisas) do que a realidade (como as coisas realmente são).

4.4 — Planos Começam A Falhar.
A pessoa faz planos que não são realistas e sem prestar atenção em detalhes, os planos começam a falhar. Cada fracasso causa novos problemas na vida. Alguns destes problemas são parecidos aos que acontece quando bebiam. Tipicamente incluem problemas conjugais, sociais e dinheiro. Muitas vezes se sente culpado e com remorso quando estes problemas ocorrem.

FASE CINCO - IMOBILIZACÃO
Nesta fase a pessoa em recuperação é incapaz de iniciar uma ação. Passa pelos movimentos da vida, mas é controlado em vez de controlar a vida.

5.1 - Devaneios E Ilusões
Fica mais difícil se concentrar. A síndrome fica mais comum na conversa.
Começa a ter fantasias de fuga ou de ser socorrido por algo improvável de acontecer.

5.2 — Sentimentos De Que Nada Pode Ser Solucionado.
Um senso de fracasso começa a se desenvolver. O fracasso pode ser real ou imaginário. Pequenos fracassos são exagerados e aumentam de proporção. A crença de que fiz o melhor que pude, e a recuperação não esta funcionando começa a se desenvolver.

5.3 — Desejo Imaturo De Ser Feliz.
Um vago desejo de ser feliz ou ter as coisas funcionando. Usa de um pensamento mágico. Deseja que as coisas melhorem sem fazer nada para melhorá-las, sem pagar o preço, para que as coisas melhorem.

FASE SEIS - CONFUSÃO E SUPER -REAÇÃO
Neste período a pessoa em recuperação tem dificuldades em pensar claramente. Fica perturbado consigo própria e com as pessoas ao seu redor. Fica limitada e super-reagem às pequenas coisas. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:

6.1 —Período De Confusão
Período de confusão torna-se mais freqüentes, duram mais, e causam mais problemas. A pessoa em recuperação fica zangada consigo pela sua incapacidade de resolver as coisas.

6.2 — Irritação Com Os Amigos.
As relações com os amigos, consultores e membros da Instituição ficam tensas. A pessoa em recuperação pode se sentir ameaçada quando os outros falam sobre as mudanças que estão notando em seu comportamento e humor. Os conflitos aumentam, apesar de seus esforços para resolve-los. Começa a sentir-se culpado e com remorso sobre seu papel nestes conflitos.

6.3 — Irritado Facilmente.
Pode experimentar episódios de raiva, frustração, ressentimentos e irritabilidade sem uma razão real, reação exagerada a pequenas coisas ficam freqüentes. O stress e a ansiedade aumentam devido ao medo de que a super reação possa resultar em violência. O esforço para se controlar aumenta o stress e a tensão.

FASE SETE - DEPRESSÃO
Neste período a pessoa em recuperação fica tão deprimida que tem dificuldade de se manter na rotina diária.
Às vezes pode ter pensamentos de suicídio, beber ou usar drogas como uma maneira de terminar com a depressão. A depressão é muito forte e persistente e não pode ser ignorada facilmente ou escondida dos outros. Os sinais de aviso mais comuns que ocorrem neste período são:

7.1 — Hábitos Alimentares Irregulares.
Pode começar a comer demais ou comer pouco. Existe perda ou ganho de peso. Para de ter refeições regulares e substituem uma dieta nutritiva e bem balanceada por comida ruim.

7.2 — Falta De Iniciativa
Pode haver períodos em que é incapaz de iniciar ou de fazer qualquer coisa. Nestas horas é incapaz de se concentrar, sente-se ansioso, medroso e inquieto, e muitas vezes preso e sem saída.

7.3 — Hábitos De Sono Irregulares.
Pode ter dificuldades para dormir ou ficar inquieto e caprichoso quando querem dormir.
O sono muitas vezes é marcado por sonhos estranhos e assustadores. Devidos ao cansaço pode dormir de 12 a 20 horas de cada vez. Estas maratonas de sono acontecem cada 6 á 15 dias.

7.4 — Perda Da Estrutura Diária .
A rotina diária fica acidental. Deixa de se levantar e ir para a cama nas horas regulares. Às vezes não pode dormir, e isto leva a dormir demais em outros dias. Os horários das refeições ficam irregulares. Fica mais difícil manter compromissos e planejar eventos sociais. Sente-se apressado e sobrecarregado, e em outras horas não tem nada fazer. É incapaz de dar seguimento a um plano e de decisões, e experimentar tensão, frustração, medo ou ansiedade que não o deixe fazer o que precisa ser feito.

7.5 — Período De Profunda Depressão.
Se sente deprimido mais vezes. A depressão fica pior, dura mais e interfere com a vida. É tão grande que pode ser notada pelos outros e não pode se negada facilmente. A depressão é mais forte nas horas não planejadas e não estruturadas. Fadiga, fome e solidão tornam a depressão pior. Quando se sente deprimido, se isolam ou melhor se separam das outras pessoas, fica irritado e zangado com os outros, e muitas vezes reclama que ninguém se preocupa e não entendem o que está acontecendo com ele.

FASE OITO - PERDA CONTROLE DO COMPORTAMENTO.
Nesta fase fica incapaz de controlar ou regular o comportamento pessoal e os horários do dia. Existe ainda uma negação forte e falta de uma consciência de estar fora de controle. Sua vida fica caótica e muitos problemas se criam em todas as áreas da vida e na recuperação. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:

8.1 — Participação Irregular Nas Reuniões De Tratamento.
Para de participar do tratamento e começa a perder as consultas marcadas para acompanhamento ou tratamento. Encontra desculpas para justificar isto, e não reconhece a importância da Instituição e do tratamento. Desenvolvem uma atitude de que a Instituição e o aconselhamento não estão fazendo com que se sinta melhor. Existem outras coisas mais importantes.

8.2 — Desenvolvimentos De Uma Atitude De Não Tenho Nada Com Isto.
Tenta agir como se não tivesse nada haver com os problemas que estão acontecendo.
Isto é para esconder sentimentos de desesperança, uma crescente falta de auto-respeito e autoconfiança.

8.3 — Rejeição Aberta De Ajuda.
Desliga-se das pessoas que podem ajudar. Pode fazer isto tendo ataque de raiva que afastam as pessoas, criticando ou colocando os outros para baixo ou se afastando dos outros tranqüilamente.

8.4 - Falta De Satisfação Com a Vida.
As coisas parecem tão mal que começa a pensar que deveria começar a usar o químico, porque as coisas não podem ficar pior. A vida parece que ficou incontrolável desde que parou de beber.

8.5 — Sentimentos de Impotência e Desesperança.
Tem dificuldade em começar as coisas, tem problema em pensar claramente, em se concentrar, e em pensar abstratamente: sente que não pode fazer nada e começar a acreditar que não há saída.

FASE NOVE - RECONHECIMENTO DA PERDA DE CONTROLE
Sua negação quebra e de súbito reconhece como seus problemas são, como a vida ficou incontrolável e como a pessoa tem pouco poder e controle para resolver qualquer problema. Esta percepção é muito dolorosa e assustadora. Nesta hora está tão sozinho que parece não existir ninguém para pedir ajuda. Os sinais de aviso mais comuns que ocorrem nesta fase são:

9.1 —Auto Piedade.
Começa a sentir pena de si mesmo e pode usar a auto-piedade para conseguir atenção na Instituição ou dos membros da família.

9.2 — Pensamentos De Beber Socialmente.
A pessoa acha que beber ou usar drogas iria ajudá-lo a se sentir melhor e começar a achar que podem beber ou usar normalmente e que pode se controlar. Às vezes consegue colocar estes pensamentos para fora de suas mentes, mas às vezes os pensamentos são tão fortes que não pode ser detidos. Pode começar a sentir que beber pode ser a única alternativa e ficar louco ou cometer suicídio. Realmente beber parece uma alternativa sã e racional.

9.3 —Mentiras Conscientes.
Começa a reconhecer as mentiras, negação e desculpas, mas não pode interrompê-las.

9.4 — Perda Completa De Auto Confiança.
Sente-se preso e vencido pela incapacidade de pensar claramente e agir. Este sentimento de impotência lhe causa a crença que é inútil e incompetente. Por isso acredita que não pode lidar com os vários pontos da sua vida.

FASE DEZ - REDUÇÃO DE OPÇÕES
Nesta fase a pessoa em recuperação sente-se presa pela dor e pela incapacidade de lidar com a vida. Então parece haver apenas três saídas: insanidade, suicídio ou uso do químico. Não acredita que alguém ou algo possa ajudá-lo. Os sinais de aviso mais comuns nesta fase são:

10.1 — Ressentimentos Insensatos
Sente raiva por causa da incapacidade de comportar-se de maneira que deseja. Às vezes
à raiva é com o mundo em geral às vezes com alguém em particular, e ás vezes consigo
mesmo.

10.2 —Para Todo o Tratamento Profissional e da Instituição
Para de assistir reuniões da Instituição, se está tomando medicação esquece de tomá-los ou evita deliberadamente de tomá-los. Se um padrinho ou pessoa que ajuda é parte do tratamento, se desenvolve uma tensão e conflito tão fortes, que o relacionamento geralmente acaba. Pode retirar-se do aconselhamento profissional muito embora precisa de ajuda e saiba disto.

10.3 — Esmagadora Solidão, Frustração, Raiva E Tensão.
Se sente totalmente esmagado. Acredita que não existe saída a não ser beber, suicídio ou insanidade. Existe fortes sentimentos de insanidade e sentimentos de desespero.

10.4 —Perda do Controle do Comportamento.
Experimenta cada vez mais dificuldades em controlar pensamentos, emoções, julgamentos e comportamentos. Esta progressiva e incapacitante perda de controle começa a causar problemas em todas as áreas de sua vida. Começa a afetar a saúde. Não importa quando tenta reconquistar o controle, é incapaz de consegui-lo.

FASE ONZE - VOLTA AO USO DO OUÍMICO OU COLAPSO FISICO E EMOCIONAL.

11.1 — Volta Ao Uso Controlado De químicos
Neste ponto a pessoa está por demais desesperada e se convence que é possível usar com controle. Planeja usar o químico por um curto período de tempo ou de uma maneira controlada. Começa a usar o químico com a melhor das intenções. Acredita não ter outra escolha.

11.2 — Vergonha e Culpa.
O uso produz sentimento de vergonha e culpa muito forte.
Culpa é o sentimento que é causado pelo próprio julgamento de que “Fiz alguma coisa errada”. A pessoa recaída recentemente se sente moralmente responsável por ter voltado a usar e acreditar que isto não teria acontecido se fizesse a coisa correta. Vergonha é o sentimento que resulta do próprio julgamento que sou uma pessoa defeituosa. A pessoa em recuperação sente como que sua recaída prova que é sem valor e que pode morrer como um adicto na ativa.

11.3 — Perda de Controle
O uso do químico leva aos poucos a perda de controle. Às vezes a perda de controle corre lentamente. Outra perda de controle é muito rápida. A pessoa começa a usar tanto ou mais que antes.

11.4 — Problemas de Vida e de Saúde
Começa a experimentar problemas severos com sua vida e saúde. Casamento, trabalho e amizades são prejudicados seriamente. Finalmente sua saúde física sofre e se torna tão doente que precisa de tratamento profissional.

14. Referências Bibliográficas

· Um guia para a Família, publicação nº1 da Série - Diálogo, Secretaria Nacional Antidrogas – Governo Federal.

· Aspectos Básicos do Tratamento da Síndrome de Dependência de Substâncias Psicoativas, publicação nº3 da Série - Diálogo, Secretaria Nacional Antidrogas – Governo Federal.

· Livreto Informativo sobre “Drogas Psicotrópicas” – Secretaria Nacional Antidrogas Gabinete de segurança Institucional. ( Cebrid ) Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas.

· Drogas: Cartilha “Mudando comportamentos”, - Série – Por dentro do Assunto. – Secretaria Nacional Antidrogas – Governo Federal.

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