Os Flintstones comemora 50 anos

I Yabba Dabba-Do!! Bedrock está em festa!! Os pré-históricos mais famosos do planeta estão comemorando 50 anos.

Quem não se lembra das confusões de Fred Flintstone e o seu melhor amigo Barney Rubble, ao lado de suas esposas Vilma e Bete, seus filhos Pedrita e Bambam e do adorável Dino, o dinossauro de estimação que jogava o Fred no chão toda vez que ele chagava do trabalho.

Criado nos estúdios Hanna-Barbera, os Flintstones foi exibido pela primeira vez na ABC no dia 30 de setembro de 1960 e teve 166 episódios, sendo que o último foi exibido no dia 1º de abril de 1966.

O sucesso da série foi tanto, que ele foi parar no horário nobre da tv. Criado por William Hanna e Joseph Barbera, até hoje é uma de suas mais rentáveis criações.

Estima-se que o desenho já foi assistido por mais de 300 milhões de telespectadores em 80 países e dublado em 22 idiomas e com certeza marcou diversas gerações.

Após a sua última temporada (1966), foi produzido o primeiro especial da série “Um Homem Chamdo Flintstone”, depois disso vários longas sobre as famílias de Bedrock foram exibidos e séries de desenhos baseados no original como “Bambam e Pedrita” (1971-1972), onde contava a história deles já adolescentes e “Flintstones nos Anos Dourados” (1986-1988), que narra as aventuras de Fred, Barney, Vilma e Betty quando eram crianças.

A série é construída como uma versão fantástica do passado remoto, com o uso da tração animal e outras tecnologias anteriores à era industrial, e materiais como peles, madeira e pedra, embora os humanos tenham hábitos semelhantes aos de uma família moderna do século XX. Nesse cenário anacrônico, o homem convive com dinossauros e mamutes.

Os Flintstones era, originalmente, uma série direcionada ao público adulto. Nos dois primeiros anos de produção, o desenho era fortemente ligado à marca de cigarros Winston, e as personagens apareciam fumando em comerciais. A série mudou seu público-alvo para os jovens e crianças a partir da terceira temporada, quando nasceu a personagem Pedrita, o principal patrocinador passou a ser a fabricante de sucos de uva Welsh's, e os episódios adquiriram uma orientação mais familiar.

Para matar a saudade confira uma animação feita com Os Flintstones:



Parabéns para os Flintstones!!!

Camada de ozônio parou de diminuir

Os esforços internacionais para proteger a camada de ozônio parecem ter surtido efeito, segundo novo relatório das Nações Unidas.

O escudo natural que protege a vida na Terra de níveis nocivos de radiação ultravioleta não está mais diminuindo.

Segundo a NU, além de prevenir milhões de novos casos de câncer de pele e catarata ao ano, a proteção da camada de ozônio também trouxe outros benefícios, como ajudar a diminuir o efeito estufa.

A relação é simples: uma vez que muitas substâncias destruidoras da camada do ozônio também são causadoras do efeito estufa, sua proibição geraria também a diminuição do aquecimento global.

O estudo foi revisado por 300 cientistas de todo o mundo e é uma parceria do UNEP ( Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas) e da UN WMO (Organização Meteorológica Mundial); ele foi apresentado no dia 16 de setembro, Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio.

Sol, perigoso sol

A queda da destruição de ozônio no mundo se deu graças a eliminação de quase 100 substâncias antes usadas em produtos como refrigeradores e sprays em lata. A NU espera que a camada fora das regiões polares se recupere a níveis anteriores a 1980 antes da metade do século, no entanto, as projeções indicam que o buraco sobre a Antártica deve levar muito mais tempo para se fechar já que, infelizmente, a quantidade de ozônio no mundo ainda não está aumentando, apenas parou de cair.

Em 2010, as reduções de substâncias destruidoras de ozônio (expressas em equivalente de CO2) foram de 10 gigatoneladas. Os esforços foram classificados como um sucesso pelo Diretor do UNEP, Achim Steiner.

O combate a destruição da camada de ozônio começou com a assinatura do Protocolo de Montreal, em 1987, no Canadá. Sem as medidas adotadas de lá para cá, os efeitos negativos teriam aumentado 10 vezes até 2050, elevando em mais de 20 milhões os casos de câncer de pele e 130 milhões os de cataratas e prejudicando a agricultura, a fauna e a flora do planeta.

via: info.

*Agora não pode é relaxar... tem que continuar com o trabalho para que não fique apenas no "parou de piorar", mas vá para o "está melhorando".

Simulação explicaria como Moisés abriu o mar

Pesquisadores usam modelos de computador e física aplicada para entender um dos mais famosos eventos da Bíblia: a separação das águas que permitiu a fuga do povo judeu do Egito.

O estudo foi feito na Universidade do Colorado em Boulder, Estados Unidos, e mostra como os movimentos do vento descritos no próprio livro do Êxodo podem ter separado as águas.

Ele considera que a separação das águas pode ser entendida como dinâmica de fluídos: o vento move o líquido de um jeito que está de acordo com as leis da física, criando uma passagem segura com água dois dos lados.

No livro do Êxodo, Moisés conta com a ajuda Divina para permitir a saída do povo de Israel dos domínios do faraó.

A localização exata das águas abertas ainda é motivo de controvérsia para alguns pesquisadores (traduzida muitas vezes como o Mar Vermelho (Red Sea) ou como Sea of Reeds). O que os textos afirmam, no entanto, é que um forte vento soprou durante a noite, permitindo a passagem do povo judeu.

Pela manhã, quando os egípcios tentaram atravessar, as águas se fecharam.

Estudando antigos mapas topográficos do Nilo, os pesquisadores acreditam ter encontrado um caminho alternativo para a passagem. Apesar de haver discrepâncias sobre os fluxos da água na época, alguns oceanógrafos acreditam que um antigo braço do Rio Nilo corria em direção a uma lagoa costeira chamada então de Lago de Tanis. Esses dois fluxos de água teriam se unido, formando uma curva em forma de U.



Após 14 modelos diferentes feitos em computador, os pesquisadores concluíram que um vento de 101 km/h, durando 12 horas, seria capaz de empurrar a água com 1,8 metros de profundidade para criar uma passagem seca entre 3,2 e 4 km de comprimento por 4,8 km de largura. Essa passagem de lama, justamente nesse trecho em U, duraria por quatro horas e seria coberta pela água assim que os ventos parassem de soprar.

Uma análise dos registros arqueológicos, medições de satélite e mapas atuais permitiram estimar o fluxo de água e profundidade que deve ter existido há cerca de 3mil anos.

De tempos em tempos, cientistas tentam entender se essa passagem bíblica pode ser explicada através de processos naturais, e não milagres – mas este não foi exatamente o objetivo do pesquisador Carl Drews, líder do estudo.

O estudo faz parte de um projeto maior sobre o impacto de ventos na profundidade das águas e, em nenhum momento, confirma ou nega a intervenção de Deus no evento bíblico.

Ele simplesmente tem a intenção de apresentar um possível cenário de eventos que teriam acontecido há mais de 3 mil anos. A conclusão é a de que um forte vento leste, soprando durante a noite, seria capaz de criar uma passagem no delta do rio Nilo e permitir a travessia.
O estudo foi publicado na PLoS ONE.

via: info.

Como se formam os raios?

Para que surjam raios, é necessário que, além das gotas de chuva, as nuvens de tempestade tenham em seu interior três ingredientes: cristais de gelo, água quase congelada e granizo. Tais elementos se formam na faixa entre 2 e 10 quilômetros de altitude, onde a temperatura fica entre 0 ºC e -50 ºC. Com o ar revolto no interior da nuvem, esses elementos são lançados pra lá e pra cá, chocando-se uns contra os outros. Com isso, acabam trocando de carga entre si: alguns vão ficando cada vez mais positivos, e outros, mais negativos. Os mais pesados, como o granizo e as gotas de chuva, tendem a ficar negativos.

Por causa da gravidade, o granizo e as gotas de chuva se acumulam na parte de baixo, que vai concentrando carga negativa. Mais leves, os cristais de gelo e a água quase congelada são levados por correntes de ar para cima, deixando o topo mais positivo. Começa a se formar um campo elétrico, como se a nuvem fosse uma grande pilha. Essa dupla polaridade da nuvem é reforçada ainda por dois fenômenos físicos externos a ela. Acima, na região da ionosfera, os raios solares interagem com moléculas de ar, formando mais íons negativos. No solo, por outro lado, diversos fatores contribuem para que a superfície fique eletricamente positiva. Essa polarização da nuvem cria um campo elétrico descomunal: se as redes de alta tensão têm cerca de 10 mil W (watts) de potência, no céu nublado a coisa chega a 1 000 GW (gigawatts)! Tamanha tensão começa a ionizar o ar em volta da nuvem – ou seja, ele passa de gás para plasma, o chamado quarto estado da matéria.

Começa então a se formar um caminho de plasma em direção ao solo. Por ter elétrons livres, o plasma é um bom condutor de eletricidade. Com isso, acaba fazendo a ponte até a superfície para que a tensão da nuvem possa ser descarregada. Enquanto o tronco principal desce rumo ao solo, surgem novos ramos tentando abrir passagem. Quando um tronco principal está próximo do solo, começa a surgir uma massa de plasma na superfície. Essa massa vai subir até se conectar com o veio que desce e, então, fechar o circuito. É por isso que, se alguém estiver perto de onde o fenômeno está rolando, vai perceber os pelos do corpo se eriçando. Quando o caminho se fecha, rola uma troca de cargas entre a superfície e a nuvem e - zap! - temos o relâmpago! A espetacular faísca é fruto do aquecimento do ar, enquanto o ribombar do trovão vem da rápida expansão da camada de ar. Desde o surgimento do tronco de plasma até rolar o corisco, se passa apenas cerca de 0,1 segundo.

Dúvidas Eletrizantes ϟ

É VERDADE QUE UM RAIO NÃO CAI DUAS VEZES NO MESMO LUGAR?
Não, isso é mito. Quando o tronco principal de um raio alcança o solo, todas as suas ramificações tentam usar esse caminho aberto e, às vezes, caem no local exato do primeiro relâmpago. Já foram observadas até 32 descargas no mesmo lugar!

PESSOAS COM METAIS NO CORPO TÊM MAIS RISCO DE SEREM ATINGIDAS POR UM RAIO?
Outro mito. Os metais que porventura trazemos no corpo – como próteses, pinos e aparelho dentário – são muito pequenos para que o raio os considere como um atalho para o solo. Agora, árvores, sim, são bons atalhos. Ou seja, não fique perto de uma durante um toró!

É PERIGOSO NADAR DURANTE UMA TEMPESTADE?
Sim, pois a água conduz bem a eletricidade. Se você estiver no mar e um raio cair a menos de 50 metros, você tem grande risco de receber toda a força da descarga. Em piscinas é ainda pior, pois o chocão também pode chegar pelas tubulações metálicas.

O QUE ACONTECE QUANDO ALGUÉM É ATINGIDO POR UM RELÂMPAGO?
Se o raio cair exatamente em cima do sujeito, é quase certo que ele seja reduzido a um toquinho carbonizado, já que o corisco gera aquecimento de quase 30 mil graus Celsius! Caso ele caia a até 50 metros do cara, é grande o risco de rolar parada cardíaca e queimaduras.

É PERIGOSO FALAR AO TELEFONE DURANTE UM TEMPORAL?
Se for um telefone com fio, é. Assim como um raio pode atingir um poste e se propagar pela fiação elétrica da casa, queimando eletrodomésticos, ele pode viajar pela linha telefônica até fritar a orelha da pessoa. Telefones sem fio e celulares não têm esse risco.

via: mundoestranho. foto por: rbpdesigner.

Quem inventou o pebolim?

Há controvérsias sobre a história do pebolim. Uns dizem que a origem é espanhola enquanto outros afirmam que foi um alemão quem inventou o esporte.

A versão espanhola sustenta que o “pai” do pebolim foi Alejandro Campos Ramirez e que o esporte surgiu em 1936, em meio à Guerra Civil Espanhola. Aos 18 anos e após ser ferido por uma bomba, Alejandro foi internado em um hospital na cidade de Montserrat. Nesse hospital havia muitos feridos de guerra e crianças que tinham perdido as pernas.

Alejandro era louco por futebol e tênis de mesa e resolveu unir os dois esportes . Dessa maneira ele criou o “futebol de mesa” e no Natal daquele ano presentou as crianças internadas no hospital com a primeira mesa de pebolim. Mais tarde Alejandro adotou o sobrenome Finisterre “roubado” da cidade onde nasceu.

Já os alemães sustentam que Broto Wachter é o inventor do pebolim – Wachter teria comercializado a primeira mesa de pebolim em 1930. Na mesa de Wachter tudo era de madeira – as barras, a bola e os jogadores que não eram bonecos e sim pequenos retângulos. Atrás do gol, ficava um saco para não deixar as bolas caírem. Só para comparar, hoje os jogadores são de plástico e as mesas mais iradas têm barras de titânio e até placar eletrônico!

No Brasil, o esporte chegou na década de 1950, provavelmente trazido por imigrantes espanhóis. A primeira organização oficial no Brasil, porém, é muito recente e foi criada em 2007 – ABP (Associação Brasileira de Pebolim).
Em 2008 foram organizados os primeiros campeonatos estaduais e o primeiro campeonato brasileiro. Ainda em 2008 o Brasil filiou-se à ITSF (Federação Internacional de Futebol de Mesa). Em 2009, oito competidores brasileiros disputaram a Copa do Mundo de Pebolim, realizada em Nantes, na França.

Difícil mesmo é definir um nome único para o jogo: em São Paulo, o jogo é chamado de pebolim. No Rio Grande do Sul, de fla-flu. No Rio de Janeiro e em outros estados, é o famoso totó. No resto do mundo, é a mesma confusão: nos Estados Unidos, o esporte é chamado foosball. Na Espanha, futbolín. Na Argentina, metegol. E em Portugal, matraquilhos. Nos EUA existe um campeonato onde encontra-se participantes de todo o mundo, pagando até 130 mil dólares em prêmios. O Brasil nunca venceu um desses grandes torneios internacionais. No futebol de pauzinhos, quem dá a bola são Estados Unidos, Alemanha, França e Japão.

via: HSW.

Artista faz máquinas fotográficas de papelão

Algumas câmeras funcionam normalmente

Cola quente, fita adesiva e papelão. São esses os materiais que o artista Kiel Johnson precisa para fazer criações inovadoras e intrigantes: ele constrói máquinas fotográficas inteiramente de papelão.

A coleção inclui uma grande variedade de câmeras, que são inspiradas em modelos antigos, como aquelas que possuíam manivela, o modelo Polaroid e até a última DSLR. Alguns modelos funcionam normalmente para tirar fotos, mas, as outras são apenas esculturas não operacionais.

Além das câmeras, Johnson criou uma impressora vintage toda construída com rolos de papelão. A obra foi exposta no ano passado em Los Angeles e chamou muita atenção pelo cuidado com os detalhes.

A exposição também incluía um vídeo dos bastidores da construção de uma câmera fotográfica. Dá para perceber que ele desenvolve peça por peça, não se esquecendo das tiras para o pescoço.

Para ver mais imagens das obras de Kiel Johnson vá até o site oficial do artista. Abaixo confira o vídeo dos bastidores da construção de uma câmera fotográfica de papelão.

via: EcoD.

Você sofre de solidão?

Alguma vez você já se sentiu só? Você já procurou entrar fundo nesse sentimento de solidão para perceber o que acontece?

No vocabulário de língua portuguesa a palavra "solidão" significa: estado de quem se sente ou está só.

A solidão é um estado interno, a princípio um sentimento de que algo ou alguém está faltando. Uma sensação de separatividade e desconexão com algo ainda inconsciente, sendo que numa visão espiritualista é a separação de Deus, Eu Superior, Self, Vida ou o Todo.

Ao meu ver, existem dois tipos de solidão: 1)Real; 2)Imaginária.

1) Real: O ser humano é um ser social, necessita de companhia, de ser reconhecido, amado, aceito, de sentir-se pertencente a alguém ou a um grupo familiar, social, de trabalho, etc. Na falta de um ou de todos esses grupos, tende a sentir a dolorosa sensação de solidão.

2) Imaginária: É aquela em que, mesmo na presença de alguém ou de um grupo, o individuo se sente só.
Portanto, mesmo tendo um(a) companheiro(a), uma família, estar rodeado de amigos, o ser humano sente um vazio interior, tristeza e solidão.

Visto por esse ângulo, a solidão é um estado da alma, um vazio do coração.
Neste caso, por mais que o solitário busque preencher esse vazio interior do lado de fora, não irá conseguir, pois é uma necessidade interna, de seu espírito.

Muitos buscam preencher esse vazio interior com drogas, sexo, bebida, jogos, comer compulsivamente, ou se ocupar trabalhando em excesso (Workaholic). Em todos os casos, essa fuga ilusória não resolve a sua solidão, pois o vazio interior continua presente.

É importante ressaltar que essa solidão, esse vazio interior é uma prova do quanto a pessoa está alienada, distante de si mesma, de sua essência divina, sua verdadeira natureza.

Atualmente, existem em algumas cidades muitas pessoas que já moram só e que apresentam uma vida bastante independente. Não podemos dizer que são pessoas solitárias, desde que elas se sintam em paz com essa situação. Entretanto, o que se mostra é que o sentimento de solidão pode estar presente em qualquer lugar ou situação. A pessoa pode sentir solidão durante uma festa com os amigos, no trabalho e até mesmo dentro de casa com a própria família.

Cada ser humano vem sozinho ao mundo, atravessa pela vida como uma pessoa separada e morre finalmente sozinho. As fases de passagem pela vida física e para além dela trazem muitas experiências, onde tudo é passageiro e impermanente. As situações, os encontros e os fatos da vida surgem, permanecem por algum tempo e se vão.

Portanto, procure refletir quando estiver sentido solidão. Com o que você ainda está resistindo no seu momento atual? Existe algo que precisa partir e você ainda não percebeu ou não aceitou essa possibilidade?

A idéia da separação e do estar só é apenas uma ilusão, pois nada se vai totalmente e nada está separado. Ficará sempre a lembrança no qual contém toda a experiência e vivência ocorrida o que é muito rico.

Perceber que você está se sentindo só é muito importante para o seu crescimento. Utilize desse sentimento como uma alavanca para assumir plenamente a sua vida, para agir a partir de si, fortalecer a sua base e seguir em frente, manifestando a sua própria força dentro dos seus objetivos.

Tenha a sua própria companhia, dê atenção, escute, e acolha aquilo que você é e manifesta. Seja o seu melhor amigo. A partir de então, você perceberá que a solidão deixará de existir naturalmente.

via: institutouniao & somostodosum.

Como o cacto sobrevive no deserto?

Por meio de um inteligente conjunto de adaptações que desenvolveu ao longo de sua evolução. Há dezenas de espécies diferentes, com alguns "espinhões" chegando a medir quase 20 metros de altura, enquanto outros não passam de 1 centímetro. Os cactos também têm flores, e alguns dão até frutos comestíveis, como o figo-da-índia, que, apesar do nome, nasce de uma variedade tipicamente mexicana.

Veja como os cactos conseguem passar meses sem chuva:

GORDINHO SAUDÁVEL
Alguns cactos ainda foram além nas artimanhas para sobreviver. Os simpáticos cactos em formato de bola chegaram ao desenho perfeito: combinam a maior capacidade de armazenamento com a menor superfície exposta, podendo guardar muita água e sofrer a mínima transpiração possível.

OURIÇO VERDE
Em geral, as folhas são a área em que uma planta mais perde água. Como não podem se dar a esse luxo, em vez de folhas os cactos têm estruturas modificadas, os espinhos. A pele espinhosa ainda ajuda na proteção contra animais à procura de um golinho d’água na polpa do cacto.

PAU-DE-SEBO
O caule de muitas espécies é revestido de um tipo especial de cera. Essa cera faz com que a água da transpiração da planta não se espalhe demais e evapore - ao contrário, as gotinhas escorrem para o solo, onde são reabsorvidas pelas raízes.

CANTIL NATURAL
As células do córtex, no caule, são adaptadas com paredes flexíveis. Em épocas de chuva, dilatam para armazenar bastante água; quando surge a seca, elas murcham, doando água para que outras células importantes, como as que fazem fotossíntese, possam sobreviver.

PAPA-TUDO
É tão raro chover no deserto que, quando isso acontece, os cactos precisam pegar o máximo de água, o mais rápido possível, antes que ela evapore. Para isso, contam com um emaranhado de raízes que ficam próximas à superfície e se estendem por uma área bem grande.

via: mundoestranho.

Quanto você vale?

Um famoso conferencista começou um seminário segurando uma nota de 20 dólares. Numa sala com 200 pessoas, ele perguntou:
– Quem quer esta nota de 20 dólares?

Mãos começavam a erguer-se quando ele disse:
– Eu darei esta nota a um de vocês, mas, primeiro, deixem-me fazer isto. Então, ele amassou a nota. E perguntou outra vez:

– Quem ainda quer esta nota?

As mãos continuaram erguidas.
– Bom! E se eu fizer isto?, disse ele. E deixou a nota cair, pisou nela e começou a esfregá-la contra o chão.

Depois pegou a nota, agora imunda e amassada, e perguntou:
– E agora? Quem ainda quer esta nota?
Todas as mãos permaneceram erguidas.

– Meus amigos, todos devemos aprender esta lição: não importa o que eu faça com o dinheiro, vocês ainda irão querer esta cédula, porque ela não perde o valor. Ela sempre valerá 20 dólares.

E continuou:
– Pois é! Essa situação também se dá conosco…
Muitas vezes, em nossas vidas, somos amassados, pisoteados e ficamos sujos por decisões que tomamos ou pelas circunstâncias que vêm em nossos caminhos. E, assim, ficamos nos sentindo desvalorizados, sem importância.

– Porém, creiam, não importa o que aconteceu ou o que acontecerá, jamais perderemos o nosso valor. Quer estejamos sujos, quer estejamos limpos, quer amassados ou inteiros, nada disso altera a nossa importância, o nosso valor.

Lembre-se: jamais perderemos o nosso valor!

via: gambare.

O horário eleitoral é gratuito mesmo?

Não, não é. Os partidos políticos não pagam nada pelo espaço cedido pelos meios de comunicação, mas não pense que as emissoras arcam com todo o prejuízo. “De acordo com a lei, 80% do valor que a empresa iria receber, caso o espaço publicitário fosse vendido, pode ser deduzido do Imposto de Renda dela”, explica Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. É como se o governo pagasse boa parte dessas despesas. “Os 20% restantes seriam uma contribuição das emissoras para a democracia. Como são concessões do governo, as emissoras têm obrigações perante o poder público”, diz Alexandre Rollo, advogado especialista em direito eleitoral.

Patrocínio Involuntário

Saiba de onde vem o dinheiro que paga o horário eleitoral

Cidadão

De tudo o que você compra, vende ou recebe, uma parte do dinheiro vai para a Receita Federal em forma de imposto. Esse dinheiro passa a fazer parte dos cofres públicos, ou seja, é a grana que o governo usa para administrar o país – para investir na saúde ou na educação, por exemplo.

> O cidadão também pode ajudar o seu político favorito, doando diretamente ao candidato ou fazendo um depósito para o comitê do partido.

Emissora

Elas cedem uma hora e quarenta minutos aos partidos políticos, além das inserções no meio da programação. O tempo que cada um tem no ar depende do tamanho das coligações, e a ordem de exibição de suas propagandas é definida por sorteio.

Receita Federal

Em época de eleição, as emissoras podem pedir isenção fiscal pelo espaço cedido ao horário eleitoral. Neste ano, a Receita Federal estima que 851 milhões de reais deixarão de ser pagos pelos meios de comunicação. E, para cobrir os gastos, o dinheiro público entra em cena.

Horário Eleitoral

Sua novela foi substituída pelos galãs da política nacional. E, se você odeia propaganda eleitoral, melhor começar a prestigiar o que está financiando. Afinal, é o seu dinheiro que vai ajudar os partidos a produzir os programas e a pagar pelo espaço de exibição.

Fundo Partidário

Os partidos também recebem assistência do Fundo Partidário, que usa a grana dos cofres públicos. É como se cada eleitor contribuísse com 35 centavos. Segundo o TSE, a doação deste ano será de cerca de 160 milhões de reais. O valor será dividido de acordo com o tamanho de cada partido.

Fontes:
http://www.tse.gov.br/internet/index.html
http://www.tre-sp.gov.br/
http://www.receita.fazenda.gov.br/
Walter de Almeida Guilherme, presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo; Eliana Passarelli, assessora do TRE de São Paulo; Rodolfo Machado Moura, diretor de assuntos legais da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Aberta).

Via: mundoestranho

A mente do psicopata

O neurologista americano Jonathan Pincus diz que um assassino frio é fruto de doenças mentais, danos neurológicos e abuso infantil.

Imagine se você tivesse que trabalhar frente a frente com um dos mais perigosos assassinos do seu país. Esse é o trabalho do neurologista americano Jonathan Pincus, que, em 25 anos de profissão, já conversou com mais de 150 psicopatas em busca dos motivos que os levaram a cometer crimes cruéis. Chefe de Neurologia do Hospital dos Veteranos de Washington e professor de Medicina na Universidade Georgetown, ele esteve ao lado de gente como Kip Kinkell, o estudante de 15 anos que chocou o mundo em 1998 depois de matar o pai e a mãe e metralhar os colegas de escola em Springfield, Oregon, Estados Unidos. Autor do livro Base Instincts – What Makes Killers Kill (Instintos básicos – O que faz matadores matarem, inédito no Brasil), ele diz que é uma simplificação dizer que a pobreza é a causa dos crimes cruéis.

Em agosto de 2002 a revista super interessante fez uma entrevista muito rica e detalhada com Jonathan Pincus, onde com muita clareza o neurologista especialista neste assunto esclarece algumas questões e desmente alguns mitos sobre o tema. Confira:

Super – Em seu livro, você diz que doenças mentais, danos neurológicos e abusos infantis estão presentes na formação de um assassino frio. Isso é verdade em todos os casos?

Somados, esses três fatores estão presentes em dois terços dos assassinos cruéis. Nos outros casos, você encontra pelo menos uma ou duas dessas causas. É claro que a doença mental, sozinha, não é suficiente para causar a violência – já que a imensa maioria dos doentes mentais não são violentos, assim como inúmeras pessoas que sofreram danos neurológicos. Também é claro que a experiência de ter sofrido o abuso infantil nem sempre basta para acionar a violência. Mas, quando estão juntos, esses fatores minam a capacidade do cérebro de conter os impulsos da violência.

O senhor nunca esteve ao lado de um assassino sem esses pré-requisitos?

Recentemente estive horas com Russell Weston, que atirou e matou dois guardas dentro do Capitólio dos Estados Unidos, o prédio do Congresso americano. Ele não tinha danos neurológicos e acredito que não sofreu abuso na infância. Mas, alguns anos antes, em Montana, ele já havia estado em uma instituição mental por ouvir vozes. Há pessoas que são neurologicamente sadias e que, ao tomar drogas, ficam alucinadas e matam. Mas esses casos são raros e é preciso investigar com cuidado. As pessoas tendem a minimizar ou negar que sofreram abuso infantil. Em alguns casos, precisei de um esforço extraordinário para saber o que realmente ocorreu. Estive com um homem que estuprou e matou uma mulher. Quando tinha oito anos, ele havia sido estuprado por um tio. Sua irmã viu o abuso – ela também foi violentada. O criminoso chegou a afirmar que não gostava desse tio mas não sabia a origem da repulsa.

Você não acredita que uma pessoa normal possa cometer crimes violentos?

Eu ainda não vi um caso desses. Há 25.000 assassinatos nos Estados Unidos todos os anos. Eu estudei só 150. Talvez seja uma questão de amostra. Por outro lado, 150 é um bom número. Ainda não temos como explicar por que algumas pessoas são vulneráveis e não são violentas. Mas há momentos em que, se você tem alguns dos problemas que citei, estará mais propenso a agir dessa forma.

Psicopatas têm livre-arbítrio?

Têm. A diferença é que o escopo desse livre-arbítrio é mais restrito. Imagine um psicopata como uma espécie de compositor que escreve uma sinfonia e precisa de uma orquestra para apresentar seu trabalho. A apresentação da orquestra é terrível. Você pode imaginar que o problema está no compositor, mas descobre que a orquestra está cheia de instrumentos quebrados. O cérebro de um psicopata é como uma orquestra com instrumentos quebrados por doença mental, danos neurológicos e traumas de abuso infantil. Para que sua apresentação não fosse tão ruim, o compositor teria que ter se esforçado mais do que as outras pessoas para não cometer alguns desses atos de violência. A punição deve levar em conta que havia fatores que ele não controlava – acho que a pena de morte nesses casos é muito severa. Mesmo assim, ele tinha algum discernimento sobre os seus atos.

Um psicopata pode ser reabilitado?

Não.

Se não há recuperação, como o Estado deve lidar com essas pessoas?

Prendendo-as num ambiente com psiquiatras e medicação apropriada.

Por que psicopatas não sentem remorso?

Remorso é algo que vem do nosso cérebro, assim como todos os nossos sentimentos e pensamentos. Quando o cérebro está danificado, a capacidade de sentir remorso também fica danificada. Um assassino frio até sabe que está errado. A diferença é que ele não consegue sentir que está errado.

A genética tem algum papel na predisposição para algum comportamento criminoso?

Não acredito que os genes sejam responsáveis. Apenas no sentido limitado de que algumas doenças psiquiátricas são genéticas. Alguns estudos feitos na Escandinávia compararam o comportamento de filhos biológicos e filhos adotados para ver se poderia haver algum traço hereditário de violência. O resultado mostrou que quando os filhos de pais violentos crescem ao lado de pais não-violentos eles não mostram nenhuma tendência para a violência. Mas quando os pais adotivos são violentos, as crianças sempre se tornam agressivas.

Há como descobrir se alguém vai se tornar um criminoso no futuro?

Não. Há um homem chamado Joel Rifkin que matou 16 prostitutas em Nova York. Ele matou a primeira quando tinha 32 anos e agora está preso. Se eu tivesse visto ele antes dos 32 anos, poderia ter concluído que ele tinha problemas neurológicos, sofreu abuso infantil e tinha fantasias estranhas com prostitutas... Ele nunca havia sido violento antes, embora houvesse pensado em matar pessoas durante um bom tempo. Mas você não pode punir pessoas por suas fantasias. Seria difícil também prever seus atos já que nem todas as pessoas com esses três fatores são violentas.

Não há nada a fazer?

Acho que a sociedade pode se concentrar na luta contra a violência e o abuso infantil – é aí que está a relação entre pobreza e a formação de assassinos, uma vez que a violência infantil é mais comum em regiões pobres. Isso tem que se tornar algo inaceitável – e não uma questão particular sobre o jeito que cada um trata seus filhos. A sociedade tem um grande papel para evitar o abuso sexual e a violência – identificando pessoas que são violentas com crianças para reeducá-las. Alguns casos são resultado de pura ignorância. Um exemplo é uma mãe segurando um bebê que começa a chorar. Ela troca a fralda da criança e o bebê continua chorando. Põe a mamadeira e a criança não pára de chorar, já que não está com fome. Frustrada, a mãe sacode a criança. Hoje, sabemos que esses atos podem causar danos cerebrais.

Filmes e jogos eletrônicos violentos podem incentivar atos de violência?

Duvido. A não ser que a pessoa já seja vulnerável. Conheci assassinos que assistiram ao mesmo filme de horror dezenas de vezes e fizeram algo muito similar ao que viram no filme. Quando você investiga, descobre que o verdadeiro horror em suas vidas havia acontecido antes de assistirem ao filme – quando foram violentados, por exemplo. Ou seja: pessoas vulneráveis podem ser influenciadas, mas não pessoas normais.

Via: Super.

Cruzeiro em meio à tempestade

O que acontece no interior de um navio dentro de uma tempestade?

Isto é o que acontece no interior de um navio de cruzeiro com 1.732 passageiros quando encontram ondas de 7 metros e ventos de 50 nós. Algo como tentar navegar dentro de um liquidificador ligado, só que um pouco mais perigoso.

Os passageiros receberam 25% de desconto em cruzeiros futuros depois de terem passado por este acontecimento. Será que alguém usou o desconto?

Via: The Daily What.


Se dinheiro nascesse em árvores

Todos já devem ter se perguntado o que aconteceria se dinheiro nascesse em árvores. Com a escritora Amy Krouse não foi diferente, mas ela decidiu ir além: juntou cem notas de um dólar, pendurou cada uma delas em uma árvore em Chicago junto com uma breve mensagem, montou uma câmera por perto e esperou para ver.

O resultado do experimento é o vídeo abaixo, que, ao menos para minha surpresa, não envolve pessoas brigando para coletar o dinheiro ou pegando todas as notas de uma vez só.

Talvez se esse experimento fosse feito em um lugar mais humilde o resultado não teria sido outro?

Nietzsche e a religião

Todo aquele que se interrogar pela concepção de Friedrich Nietzsche com relação ao cristianismo e à religião em geral deve dar um passo a mais na sua interrogação e perguntar-se pela concepção que tem o filósofo dos valores que até então atravessaram a história da moral ocidental e a história de toda moral. Um passo a mais será ainda necessário na medida em que, para Nietzsche, o que realmente subjaz à criação e à destruição dos valores são as forças e as relações de forças que não cessam de se superar, de se recriar, de se repetir, de se renovar, de se excluir e de se incluir numa dinâmica recíproca que permeia, invade, domina e determina toda a realidade, todo o existir, todo o ser.

Com efeito, se existe um problema que acompanhou e obsedou o discípulo de Dioniso, esse foi o problema das forças e das relações de forças responsáveis pela criação e pela destruição, pela construção e pela demolição dos diferentes valores. Embora a vontade de potência só se encontre plena e explicitamente elaborada no terceiro e último período do filósofo – que, na minha leitura, começa com Aurora (1881) e se estende até os últimos escritos (1888) –, este conceito já se faz presente no primeiro período – dominado pelas análises em torno da tragédia e da cultura grega em geral – e também no segundo, com Humano, Demasiado Humano I e II (1878-1880), cuja característica principal é o deslocamento de acento para um determinado tipo de moral, a moral utilitária.

Dos três conceitos básicos de Nietzsche – a vontade de potência, o niilismo e o eterno retorno –, foram os dois primeiros que principalmente pontilharam e fundamentalmente marcaram o desenrolar e a dinâmica de seu pensamento e de sua escrita. O niilismo, que é essencialmente inerente à vontade de potência, é ambíguo na medida em que se desdobra como uma contínua destruição dos antigos valores e, simultaneamente, como uma construção de novas e imprevisíveis interpretações, valorações, significações. Recriações. Não há, pois, um demolir para depois construir; há antes uma aniquilação e uma reedificação que se fazem concomitantemente, simultaneamente, na repetição e na diferença, na satisfação e na insatisfação, no gozar e no querer-mais.

Convém ressaltar que as religiões, e o cristianismo em particular, não são sinônimos de niilismo, embora, na perspectiva de Nietzsche, não se possa conceber uma religião que não moralize e, consequentemente, não encerre uma tábua ou uma hierarquia de valores. A religião cristã e as religiões orientais não subsumem o niilismo, que é um movimento muito mais amplo e do qual, enquanto forças niilistas da decadência, estas se apresentam como expressões ou manifestações essenciais. Não se pode pensar na concepção nietzschiana do judeu-cristianismo e do budismo sem vinculá-la à sua visão da religião grega no tempo da tragédia e à crítica que, já na sua primeira fase, ele endereçara à filosofia de Schopenhauer.

Os deuses do Olimpo e o Deus judaico-cristão
Com efeito, já nos seus primeiros escritos, Nietzsche denuncia o fundo moral e as relações de forças a ele subjacentes que disputam entre si a potência sob os mais variados disfarces e os mais sublimes, nobres, elevados e espirituais atributos. Segundo Nietzsche, há basicamente dois tipos de forças: as forças que afirmam e enaltecem a vida e aquelas que, ao contrário, a denigrem, depreciam, caluniam e rebaixam. Eis a razão pela qual, já na visão Dionisíaca do Mundo (1870) – escrito póstumo que data de dois anos antes da publicação do Nascimento da Tragédia –, o filósofo fazia ressaltar a superioridade da religião grega sobre as demais religiões, porquanto os deuses gregos que descrevem Homero, Hesíodo e Epicuro não são divindades que exprimem a indigência, a ascese ou o dever, mas, antes, criaturas que apontam para um excesso de força, de seiva e, consequentemente, para tudo aquilo que a vida tem de belo, de bom, de mau, de transbordante, de afirmativo e cruel. Os artistas que forjaram esses deuses eram, pois, senhores de uma fantasia genial que, projetando suas próprias imagens sobre o céu azul da Grécia, construíram um Olimpo onde essas formas podiam respirar o triunfo da potência juntamente com um sentimento de exuberância e justificação da existência e do mundo.

Curiosamente, num fragmento póstumo da mesma época – fim de 1869, primavera de 1870 –, Nietzsche analisa essa mesma problemática ao chamar a atenção para a figura do asceta cristão que, ao contrário do artista heleno, encarna o tipo do negador e destruidor da natureza. Para o autor de, as direções ascéticas são o que há de mais hostil e oposto à natureza e à fertilidade que esta encerra. No seu intuito e no seu trabalho subterrâneo de tudo negar e tudo emendar, elas já revelam o que realmente são: frutos enfezados e estiolados que a própria natureza se encarregou de rejeitar, porquanto ela não quer propagar uma raça ou uma espécie de depauperados e enfraquecidos. “O cristianismo só poderia triunfar num mundo degenerado”, diz Nietzsche.

A partir dessas considerações, súbito se adivinha: os deuses se apresentam para Nietzsche como reflexos da exuberância ou da indigência de um povo. De sorte que, quanto mais potente e aguerrida for uma nação, tanto mais exibirão os seus deuses as marcas da guerra, da conquista e do orgulho nacional. Inversamente, os deuses dos “bons”, dos falidos e dos fracos não terão senão sentimentos de vingança, de rancor e ressentimento contra tudo aquilo que eleva, transfigura e diz “sim” à vida. É o que Nietzsche já mostrava da maneira mais enfática no escrito de transição, Humano, Demasiado Humano I (1878). É o que ele também dirá num de seus últimos textos, O Anticristo, redigido no final de 1888 e publicado em 1895.

No parágrafo 114 de Humano, Demasiado Humano, que tem sintomaticamente por título “O Não-grego no Cristianismo”, o filósofo declara que os helenos não olhavam para os deuses homéricos como seres acima deles próprios, à maneira de senhores; não se viam tampouco abaixo dos deuses, como servos, ao modo dos judeus. “Viam como que apenas a imagem em espelho dos exemplares de sua própria casta que melhor vingaram; portanto, um ideal, não um contrário de sua própria essência.” Onde, porém, os deuses olímpicos se eclipsavam, a vida grega também se revelava mais sombria, mais inquieta e ameaçada de arruinar-se. “O cristianismo, por sua vez” – conclui o filósofo –, “esmagou e alquebrou completamente o homem, e o mergulhou como que em um profundo lamaçal.”

No Anticristo, Nietzsche verá essa mesma dialética em ação no seio do próprio judaísmo, na medida em que ele considera a época dos reis o período mais rico, mais próspero e potente da história de Israel. Consequentemente, Javé era a manifestação da consciência que este povo possuía da sua própria soberania, da sua força e alegria de viver. Portanto, através de Javé o povo esperava vitória e libertação; por meio dele depositavam confiança na natureza para que esta lhes concedesse aquilo de que mais necessitavam: chuva e uma colheita abundante. No entanto, essa época também devia chegar a um fim, ao qual Nietzsche atribui três causas principais: a anarquia interior, a ameaça assíria do exterior e a ascensão da classe sacerdotal ao poder. Gradualmente, portanto, o Deus de Israel, que até então refletia o orgulho e o amor-próprio de seu povo, viu-se reduzido a um Deus condicionado e vinculado a preceitos morais: toda felicidade era vista como uma retribuição pela obediência a Javé; todo infortúnio era, ao invés, recebido como uma punição pela desobediência a ele infligida.

Se esta é, pois, uma das perspectivas a partir das quais Nietzsche analisa a religião dos gregos e aquela que brotou do solo e do povo judeu, como então ele considera o budismo e a sua relação com a filosofia de Schopenhauer?

Schopenhauer, a tragédia e a negação budista da vontade
Na época em que Nietzsche redigia O Nascimento da Tragédia – publicado em janeiro de 1872 –, ele se achava sob a quase total influência de Schopenhauer. Assim, para o discípulo de Dioniso, a sabedoria trágica reproduzia, por meio da ilusão apolínea e da música dionisíaca, a mais íntima essência do mundo, da natureza, dos homens, da vontade ou, em suma, do Uno originário. No que diz respeito especificamente à música dionisíaca, esta se apresentava como um espelho sobre o qual se refletia a própria vontade universal, que nos chega como a verdade eterna ou, mais exatamente, como a verdade que jorra do fundo ou do núcleo do Uno originário.

Sem embargo, na própria obra O Nascimento da Tragédia – e mesmo em alguns textos que a preludiam –, já se vê desenhar uma tomada de posição crítica vis-à-vis de Schopenhauer. E esta posição só tenderia a acentuar-se à medida que Nietzsche fosse também se distanciando do autor de O Mundo Como Vontade e Representação. Destarte, na seção 7 daquela obra, Nietzsche critica Schopenhauer justamente naquilo que o filósofo tem de comum com o budismo: a resignação e a negação da vontade diante do sofrimento que acarreta todo desejo. Ora, na perspectiva do discípulo de Dioniso, a consolação metafísica que suscita a tragédia, e que se encarna no coro satírico, é toda ela entretecida de gozo, o gozo na sua potência indestrutível que afirma a vida, apesar do caráter mutável do mundo fenomênico. Por conseguinte, o heleno profundo que o coro vem consolar – e que lança seu olhar sobre as forças demolidoras da natureza – corre ele também o risco de “aspirar a uma negação budística da vontade”. No entanto, a arte vem em seu socorro para redimi-lo, mas, “pela arte, é a própria vida que o redime para si mesma”.

Num fragmento póstumo do verão-outono de 1884, que faz parte de seu terceiro e último período, Nietzsche se mostrará ainda mais incisivo com relação às forças niilistas da decadência, que, por natureza, são negadoras da vida e de tudo aquilo que ela tem de fértil, de belo, de abundante, de potente, de tenso, de deleitoso e sensual. Com efeito, nada repugna mais a Nietzsche do que uma religião cuja moral recomenda a domesticação dos instintos e a supressão do prazer. Esta é “uma medida de emergência tomada por naturezas que não conhecem o critério da medida e que não têm outra escolha senão a de se tornarem libertinos e porcos, ou então ascetas”. Essas naturezas – continua o filósofo – encontraram no cristianismo e no budismo um modo de pensar que é, no mais alto grau, adaptado a toda a escória dos decadentes, dos doentes e malogrados da existência. Pode-se, pois, perdoar-lhes o fato de denegrirem um mundo onde foram malsucedidos. “Mas faz parte da nossa sabedoria considerar essas doutrinas e religiões como grandes manicômios e casas de reclusão.”

Em Para Além de Bem e Mal (1886), parágrafo 56, Nietzsche defenderá uma reflexão aprofundada sobre o pessimismo livre “da estreiteza e da simplicidade semicristã e semialemã” que, segundo ele, se exprimiram por último na filosofia de Schopenhauer. Assim, prossegue o filósofo, todo aquele que tiver lançado um olhar nos abismos do pensamento mais radicalmente negador – um olhar “para além de bem e mal e não mais, como Buda e Schopenhauer, na órbita da moral e de sua ilusão” – chegará talvez a abraçar um ideal totalmente oposto: o ideal do homem mais generoso, mais exuberante e mais afirmativo que possa existir.

Ora, conquanto o problema central da filosofia de Nietzsche esteja nas forças e nas relações de forças que não cessam de se superar e de se recriar, retorna inevitavelmente a questão: não seriam justificados todos os seus ataques contra a religião, ou as religiões, justamente por elas se apresentarem, na sua perspectiva, como as manifestações essenciais das forças niilistas da decadência?

Via: Revista Cult

Para mim o desejo egoísta de ignorar a soberania de um Deus e reverênciar a soberba de uma libertinagem que não tráz nenhum tipo de bem maior, é querer matar a evolução do Espírito através da ignorancia.

Ser dependente de um Deus que criou os céus e a terra e a nós mesmos seres humanos não é nenhum tipo de niilismo já que Deus não sufoca valores ou depende de interpretações imprevisíveis de generos carnais, Deus é a origem e criação de tudo, e não torna-se um bloqueio para a vontade de potência já que uma vez a maior potência do homem é se satisfazer em alma - corpo e - espírito.

Dionísio coloca os deuses gregos acima do Deus cristão-judaíco por questões de autonomia, e de acreditar que os deuses gregos trazem mais uma reflexão no sentido da beleza e do lado positivo da vida, ao contrário do Deus cristão que mostra o lado bom da vida a partir da palavra da cruz, e além de mostrar o caminho repreende quando cometemos um erro maldizente. E qual pai não repreende o filho que ama para que futuramente não se deixe ao fel da vida?

O fato é que, Nietzsche está morto e o Deus cristão continua vivo, daí ouvidos vós que se achais sábios ao que o Espírito de Deus diz as igrejas.

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