Love Hurts.

Se passaram alguns dias em que ele se tornara totalmente incomunicável. Seus amigos tentavam entrar em contato pelo celular, pelo telefone residencial, e nada. Seus amigos sabiam que ele não estava passando por um bom momento, estava cheio de conflitos internos, problemas que segundo ele não tinham mais solução. Antes de desaparecer ele demonstrava sinais depressivos, não tinha ânimo para mais nada e respirar já tinha se tornado um fardo. Sua família resolveu chamar a polícia e após terem arrombado a porta de seu apartamento o encontraram morto deitado em meio ao chão. Seus familiares caíram em pranto e seus amigos não acreditavam no que viam, e a perícia havia concluído que seu último ato antes de morrer fora escrever uma pequena carta, enquanto tomava o seu chá preferido de maçã com canela - que segundo ele, lhe proporcionava euforia e melancolia ao mesmo tempo. Sua mãe pegou aquele pedaço de papel esperando descobrir ali quem era o assassino de seu filho. Enquanto ela lia aquela carta lágrimas escorriam pelo seu rosto, e após ler a última frase finalmente todo aquele mistério lhe fora revelado, e lamentando muito disse ao policial: - Senhor, pode ir embora, porque o assassino do meu filho não pode ser encontrado, e muito menos ser preso. Ele era invisível, e até mesmo para alguns, irreal. E olhando para o corpo de seu filho estendido no chão, sua mãe concluiu que o amor havia feito mais uma de suas vítimas.

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